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- Contato Brasil, 11 de maio de 2025 08:22:07
(Brasília-DF, 21/04/2023) Com feriado no Brasil e com eventos com poderosos tanto em Londres como em Lisboa, a pauta política está preenchida “além mar”.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, foi outro que falou aos jornalistas brasileiros em Lisboa, Portugal, ele que também acompanha Lula na viagem à Europa. Macedo afirmou que, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o Brasil vai enviar o ex-chanceler Celso Amorim, atualmente assessor especial da Presidência, à Ucrânia. Amorim já tinha ido a Rússia falar com Vladimir Putin, representando o presidente Lula
"O presidente Lula determinou e me orientou que dissesse que o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, que esteve na Rússia, vai visitar a Ucrânia", disse Macêdo.
Segundo ele, ainda não há data para a visita e citou "questões de segurança".
Perguntadp sobre as falas recentes de Lula equiparando Rússia e Ucrânia e acusando EUA e União Europeia de prolongarem o conflito, Macêdo falou que o presidente foi "mal-interpretado".
"Acho que houve uma interpretação que não condiz com a posição do presidente Lula".
"Respeitamos a posição do continente europeu, dos países que estão de alguma forma no conflito. Mas a posição do Brasil é de neutralidade, por uma razão muito simples: se o Brasil tomar partido, perde a autoridade política de juntar pares e países para encontrar um caminho para a paz. Esse é o sentimento do presidente Lula e essa é a tradição do Brasil".
"Defendemos a soberania dos países e a autodeterminação dos seus povos".
Macêdo confirmou que recebeu uma carta escrita pela Associação dos Ucranianos em Portugal e endereçada a Lula à qual a BBC News Brasil teve acesso.
No documento, os ucranianos dizem que as declarações do presidente brasileiro "nos deixaram muito preocupados e apreensivos".
"Consideramos que qualquer tipo de apoio que o Brasil possa conferir à Federação Russa será desprestigiante, levará a uma desconfiança da comunidade internacional, incluindo acerca da sua posição no Conselho de Segurança da ONU", diz a carta.
"Ninguém quer ver o bom nome do Brasil, enquanto nação democrática e livre, manchado como aliado do regime criminoso do Kremlin, pelo que as recentes declarações de Vossa Excelência nos deixaram muito preocupados e apreensivos".
( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)