• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 26 de abril de 2024 23:59:33
Nordestinas
  • 24/09/2021 09h36

    ECONOMIA: IPCA-15 chega a 1,14% em setembro, o maior desde 2016; maior índice para o mês desde 1.994

    Veja mais
    Foto: Logística

    Transportes mais caros

    (Brasília-DF, 24/09/2021) Neste fechamento de sermana, o IBGE divulgou o seu IPCA-15. 

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a 1,14% em setembro, 0,25 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de agosto (0,89%).  Um recorde visto.  Esse foi o maior IPCA-15 desde fevereiro de 2016 (1,42%), época do Impeachment de Dilma Rousseff,  e o maior para um mês de setembro desde 1994.

    Inflação de 10% no IPCA-15

    O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi a 2,77%, enquanto, em igual período de 2020, a variação havia sido de 0,98%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 7,02% e, em 12 meses, de 10,05%, acima dos 9,30% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2020, a taxa foi de 0,45%.

    Destaque nos Transportes

    Houve alta em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. O maior impacto (0,46 p.p.) e a maior variação (2,22%) vieram do grupo Transportes. A segunda maior contribuição veio de Alimentação e bebidas (1,27% e 0,27 p.p.), que subiu mais do que no mês anterior (1,02%). Na sequência, veio Habitação (1,55%), cujo resultado desacelerou em relação ao IPCA-15 de agosto (1,97%) e contribuiu com 0,25 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o -0,01% de Educação e o 1,23% de Artigos de residência.

    O resultado do grupo Transportes (2,22%) foi influenciado pela alta dos combustíveis (3,00%), acima da registrada no mês anterior (2,02%). A gasolina subiu 2,85% e acumula 39,05% nos últimos 12 meses. Esse subitem exerceu o maior impacto individual do mês no IPCA-15, o mesmo da energia elétrica: 0,17 ponto percentual. Os demais combustíveis também apresentaram altas: etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%).

    Os veículos próprios, que haviam subido 1,06% em agosto, registraram alta de 1,19% em setembro. Os automóveis novos (1,70%), os automóveis usados (1,34%) e as motocicletas (1,04%) permaneceram em alta e contribuíram conjuntamente com 0,08 p.p. no IPCA-15 de setembro. Ademais, alguns produtos e serviços relacionados a estes subitens tiveram comportamento semelhante, casos do seguro voluntário de veículo (3,08%), do óleo lubrificante (2,37%), do pneu (1,88%) e do conserto de automóvel (0,81%).

    Ainda em Transportes, os preços das passagens aéreas subiram 28,76% em setembro, após a queda de 10,90% observada em agosto. No ônibus intermunicipal (0,40%), a variação positiva decorre especialmente das altas em Salvador (3,23%), onde houve reajuste de 10,67% nas tarifas de embarque no dia 28 de julho, e Fortaleza (2,15%), onde os preços das passagens foram reajustados entre 11,00% e 13,00% a partir de 3 de setembro. Outros destaques foram o aluguel de veículo (4,63%) e o transporte por aplicativo (4,00%), que já haviam subido no mês anterior (9,53% e 9,12%, respectivamente).

    Altas

    O resultado do grupo Alimentação e bebidas (1,27%) foi influenciado principalmente pela alimentação no domicílio, que acelerou de 1,29% em agosto para 1,51% em setembro. Os preços das carnes subiram 1,10% e contribuíram com 0,03 p.p. de impacto. Além disso, houve altas também nos preços da batata-inglesa (10,41%), do café moído (7,80%), do frango em pedaços (4,70%), das frutas (2,81%) e do leite longa vida (2,01%). Por outro lado, houve queda pelo oitavo mês consecutivo nos preços do arroz (-1,03%) e pelo sexto mês consecutivo nos preços da cebola (-7,51%).

    A alimentação fora do domicílio também acelerou na passagem de agosto (0,35%) para setembro (0,69%). No entanto, observaram-se movimentos distintos nos dois principais componentes desse subgrupo: enquanto a refeição subiu 1,31%, frente à alta de 0,10% no mês anterior, o lanche registrou recuo de 0,46%, após alta de 0,75% em agosto.

    No grupo Habitação (1,55%), a maior contribuição (0,17 p.p.) veio mais uma vez da energia elétrica (3,61%), embora a variação tenha sido inferior à de agosto (5,00%). No mês passado, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh. Além disso, houve reajuste de 8,92% nas tarifas em Belém (10,24%), vigente desde 7 de agosto.

    Ainda em Habitação, destaca-se a redução na taxa de água e esgoto (-0,08%), consequência da mudança na metodologia de cobrança das tarifas em Belo Horizonte (-9,47%), a partir de 1º de agosto. Por outro lado, houve reajustes de 11,93% em Recife (10,07%), a partir de 19 de agosto, e de 9,07% em uma das concessionárias de Porto Alegre (4,44%), vigente desde 14 de agosto. Por fim, houve alta no gás encanado (2,20%), decorrente dos reajustes de 5,71% no Rio de Janeiro (3,24%), aplicado a partir de 1º de agosto, e de 10,80% em Curitiba (10,80%), vigente desde 1º de agosto e apropriado integralmente no IPCA-15 de setembro.

    Regionais

    Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em setembro. O menor resultado ocorreu em Fortaleza (0,68%), influenciado pela queda nos preços do tomate (-14,35%), das carnes (-0,94%) e dos produtos farmacêuticos (-0,91%). Já a maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%), onde pesaram as altas da gasolina (5,90%) e da energia elétrica (4,92%).

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)


Vídeos
publicidade