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Nordestinas
  • 16/07/2021 18h17

    VOTO IMPRESSO: Presidente de comissão atende manobra de deputados bolsonaristas e evita derrota da PEC do voto impresso que volta a ser discutida em agosto

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    Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

    Paulo Martins acatou manobra e salvou, por enquanto, PEC do Voto Impresso

    ( reeditado) 

    (Brasília-DF, 16/07/2021) Atendendo uma manobras de deputados e deputadas governistas, notadamente bolsonaristas, o deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), no final da tarde desta sexta-feira,16, durante sessão semipresencial da Comissão Especial da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, que torna o voto impresso obrigatório, decidiu encerrar a sessão o que fará com que o colegiado só venha decidir sobre o texto do relatório do deputado Filipe Barros (PSL-PR) após o recesso.  Martins, presidente da comissão e que é favor da proposta, evitou que o relatório de Barros fosse derrotado, hoje.  Agora, só em 5 e agosto haverá nova sessão.

    Por iniciativa do deputado Hildo Rocha(MDB-MA), em requerimento, houve a autoconvocação assinada por 21 deputados e deputadas marcando sessão do colegiado para esta tarde. A maioria dos partidos, que tem controle pela maioria do congressistas da Câmara, já fecharam acordo contrário a proposta atendendo recomendações do comando do Tribunal Superior Eleitoral(TSE).  Na última madrugada, o Plenário da Câmara chegou analisar sugestão que suspenderia a reunião, mas não houve votos suficientes para aprovação.

    Segundo Hildo Rocha, as eleições gerais em 2022 não permitem mudanças. “Não tem mais tempo para a Justiça Eleitoral, sei pela experiência de mais de 20 anos de vida pública. Fiz esta autoconvocação não foi à toa, e outros colegas apoiaram, porque o presidente já adiou a votação duas vezes”, explicou.

    Os deputados bolsonaristas temiam ser derrotado e  tentaram adiar a votação logo no início da reunião, enquanto a maioria criada no colegiado após várias trocas de integrantes insistia na análise da proposta. Um requerimento para retirada de pauta acabou rejeitado por 22 votos a 12.

    A deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora da PEC, aproveitou quedas de conexão durante a sessão semipresencial para defender o texto. “A tecnologia falha, os equipamentos falham”, advertiu. Segundo o presidente Paulo Eduardo Martins, houve tentativas de invasão da videoconferência, contornadas pelos técnicos.

    Bia Kicis, Filipe Barros e o líder da bancada do PSL, deputado Vitor Hugo (GO), aproveitaram para fazer críticas a setores da Justiça Eleitoral, os quais acusaram de interferir nos trabalhos. A deputada Caroline de Toni (PSL-SC) argumentou ainda que as falhas durante a reunião semipresencial poderiam levar à anulação.

    No último sábado ,10, os presidentes de oito partidos (Cidadania, DEM, MDB, Novo, PSDB, PSL, PV e Solidariedade) divulgaram nota em defesa do sistema de votação eletrônica. O gesto foi tido como reação ao presidente Jair Bolsonaro, que dois dias antes, como em ocasiões anteriores, defendera o voto impresso.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     


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