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  • 28/05/2021 14h54

    ECONOMIA: Com falta do Pronampe, números do BC revelam aumento do crédito da pessoa física e redução ou estabilidade na pessoa jurídica

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    Foto: Arquivo da Política Real

    BC divulgou números do crédito em abril

    ( reeditado) 

    (Brasília-DF, 28/05/2021)  Nesta sexta-feira, 28, o Banco Central(BC) divulgou Estatísticas Monetárias e de Crédito com os dados atualizados até abril de 2021.​​​​​​ Os números mostram que o credito avançou para as pessoas físicas mas caiu para as pessoas jurídicas. Justamente o período em que deixou de ser ofertado as empresas algum tipo de benefício ou incentivo para contratar credito no momento de retomada econômico, como se viu na primeira fase do Programa de apoio as micro e pequenas empresas, Pronampe.

    O crédito ampliado a empresas somou R$4,3 trilhões (56,2% do PIB), com redução de 1,1% no mês, refletindo principalmente o efeito da apreciação cambial na dívida externa (-4,5% no mês). Em 12 meses, houve crescimento de 7,7%, refletindo principalmente o aumento de 16,3% na carteira de empréstimos do SFN no período.

    O crédito ampliado às famílias totalizou R$2,5 trilhões (33,1% do PIB), com crescimento de 1,0% no mês e de 13,8% em doze meses, em função do desempenho dos empréstimos do SFN.

    Saldo

    O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional totalizou R$4,1 trilhões em abril, expansão de 0,5% no mês, com estabilidade na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$1,8 trilhão) e expansão de 1,0% na de pessoas físicas (R$2,3 trilhões). Em doze meses, o crescimento da carteira total acelerou de 14,5%, em março, para 15,1%, em abril. A carteira de pessoas físicas manteve aceleração, passando de 12,2% para 14,3%, enquanto a de pessoa jurídica permaneceu em trajetória de desaceleração, de 17,6% para 16,1%.

    O crédito livre para pessoas jurídicas totalizou R$1,1 trilhão, crescendo 0,3% no mês e 13,4% em doze meses. As modalidades de maior destaque foram adiantamentos sobre contratos de câmbio e antecipação de faturas de cartão. O crédito livre a pessoas físicas totalizou R$1,3 trilhão (0,9% no mês e 14,7% em doze meses), com as maiores variações nas modalidades de crédito consignado, tanto para setor público quanto para aposentados e pensionistas.

    No crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas totalizou R$679 bilhões. A redução de 0,6% no mês é resultado de quedas nas carteiras de financiamento a investimentos com recursos do BNDES e outras operações com recursos direcionados. Em 12 meses, a carteira cresceu 20,9%, influenciada pelo aumento de outras operações com recursos direcionados que englobam os programas emergenciais de crédito em 2020. O saldo com pessoas físicas situou-se em R$1,0 trilhão e cresceu 1,0% no mês e 13,9% em 12 meses, sendo influenciado principalmente pelas carteiras de financiamento imobiliário e de crédito rural.

    As concessões totais de crédito somaram R$378,9 bilhões em abril. Na série com ajuste sazonal, houve aumento de 4,8% no mês, fruto de variações de -0,3% em pessoas jurídicas e de 10,2% em pessoas físicas. Em 2021, comparado ao mesmo período de 2020, as concessões dessazonalizadas cresceram 6,2%, compostas por contração de 1,2% em pessoas jurídicas e expansão de 13,9% em pessoas físicas.

    O Indicador de Custo do Crédito (ICC), que mede o custo médio de todo o crédito do SFN, atingiu 17,2% a.a., após aumento de 0,1 p.p. no mês e declínio de 2,5 p.p. na comparação interanual. No crédito livre não rotativo, o ICC permaneceu estável no mês, 22,6% a.a., e continuou em trajetória de redução na comparação interanual (-2,7 p.p.). O spread geral do ICC situou-se em 12,2 p.p., representando aumento de 0,1 p.p. e redução de 1,9 p.p. nas mesmas bases de comparação.

    A taxa média de juros das operações contratadas em abril alcançou 20,3% a.a., com aumento de 0,3 p.p. no mês e redução de 1,2 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas das concessões situou-se em 15,0 p.p., com declínios de 0,1 p.p. e 2,2 p.p., nos mesmos períodos.   

    No crédito livre, a taxa média de juros das concessões atingiu 29,0% a.a., elevando-se em 0,5 p.p. no mês e reduzindo-se em 2,3 p.p. na comparação interanual. No crédito às empresas, a taxa de juros atingiu 14,7% a.a., com elevação de 0,8 p.p. no mês e redução de 1,0 p.p. em 12 meses. No crédito livre às famílias, os juros atingiram 41,0% a.a., com variação de 0,1 p.p. em abril. Na comparação interanual, a taxa do crédito livre às famílias apresenta redução de 3,7 p.p.

    A inadimplência situou-se em 2,2%, variação de 0,1 p.p., oriunda do segmento de pessoas jurídicas. Nas operações com recursos livres, a inadimplência permaneceu estável em 2,9%, enquanto nas com recursos direcionados, situou-se em 1,2%, com variação de 0,1 p.p., distribuída igualmente nos segmentos de empresas e de famílias.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     

     


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