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Nordestinas
  • 04/05/2020 09h00

    SOCORRO ESTADOS/MUNICÍPIOS: Firmino Filho, falando pelas médias e grandes cidades, disse que o projeto aprovado pelos senadores foi mal formatado e poderá gerar mais mortes

    Firmino Filho é prefeito de Teresina e Vice-presidente da Frenta Nacional dos Prefeitos
    Foto: Imagem de Streaming CNN Brasil

    Firmino Filho falou a CNN Brasil

    ( Publicada originalmente às 12h 29 do dia 03/05/2020) 

    (Brasília-DF, 04/05/2020) O prefeito de Teresina, Firmino Filho(PSDB), criticou duramente a proposta(PLN39/2020) aprovada pelo senadores na noite desse sábado,2, em sessão do plenário virtual em substituição a proposta dos deputados(PLNn 149/19) para funcionar como um socorro a estados e municípios face o impacto nas contas dos entes federados face a pandemia do covid-19. Firmino Filho que é economista e vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos(FNP), que reúne os maiores municípios brasileiros entende que a proposta atropela as cidades médias e grandes. Ele disse que o projeto dos senadores poderá gerar mais mortes.

    Firmino Filho concedeu entrevista a “CNN Brasil”.  Ele entende que a Frente Nacional de Prefeitos sugere, portanto, que a União comece a discutir um pacote específico para as cidades médias e grandes, que é justamente onde se intensifica o atendimento hospitalar decorrente da crise do coronavírus.

    “A gente fez a recomposição dos pequenos municípios, que tem quase nenhuma rede hospitalar e ao mesmo tempo, tem pouca população contaminada. Somente agora neste final do processo é que se colocou os governos de estado junto com as cidades médias e grandes”, disse.

    Na avaliação de Fimino, o critério adotado na divisão não foi técnico. “Primeiro, serão 30% para os municípios para ser distribuído de acordo com a população. Mas e os municípios que tem uma rede hospitalar significativa? Que tem muitos leitos e UTI’s? E para os 70% que foram para os estados, basicamente foi criado uma taxa de incidência do coronavírus e será distribuído de acordo com a população. Esta taxa de incidência vai criar uma indústria de falsos positivos, óbvio”, critica.

    Firmino ao destacar a urgência na prevenção destacou que é melhor o estado poder incentivar  os municípios a construírem suas UTIs enquanto o pico não chega. Porém, se o projeto for aprovado pelo presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia, Firmino Filho acredita que a consequência será drástica. “Este projeto de lei, aprovado ontem, é mal formatado e vai provocar muitas mortes se ele ficar em vigor. Ele vai fazer com que nós venhamos a segurar as mãos dos prefeitos das médias e grandes cidades, e eles não vão poder entrar nessa guerra”.

    O prefeito de Teresina destacou a discrepância das regiões do Brasil, explicando que as cidades que estão em colapso agora são, principalmente Manaus, Recife, Fortaleza, Belém e São Luís, e reforça: “Porque no norte e nordeste a quantidade de leitos de UTI per capita é a metade do centro-sul”.

    ( da redação com edição de Genésio Araújo Jr)


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