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- Contato Brasil, 26 de abril de 2024 21:35:51
( Publicada originalmente às 16h 41 do dia 25/03/2020)
(Brasília-DF, 26/03/2020) O senador Tasso Jereissati(PSDB-CE), um dos congressistas mais respeitados e grande empresário com interlocução nacional e internacional, divulgou nota à imprensa nesta quarta-feira, 25, fazendo considerações sobre as mais recentes manifestações do presidente Jair Bolsonaro. Sobre a fala da manhã desta quarta-feira,25, em que o presidente defendeu um confinamento só dos mais idosos e mais fracos, um “isolamento seletivo”, ele totalmente contrário. Jereissati entende que se isso for levado à frente irá gerar muitas mortes.
“O Presidente propõe o isolamento vertical dos grupos de maior risco (idosos e doentes crônicos) liberando crianças para volta às escolas, a reabertura do comércio e serviços.
Sequer indica de que forma tal "isolamento seletivo" se daria, ignorando (ou fingindo ignorar) que os idosos acima de 65 anos no Brasil representam cerca de 10,5 % da população brasileira, que vivem em sua enorme maioria em condições insalubres e com alta concentração populacional. Ao liberar os familiares dessas pessoas ao convívio social normal, estaríamos condenando irremediavelmente à morte toda essa parcela da população. “, diz parte da nota.
Antes, Jereissati criticou o pronunciamento do Presidente Bolsonaro feito na noite dessa terça-feira,24, e em apoio a nota do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Confira a íntegra da nota:
NOTA
Gostaria,primeiramente, de expressar todo meu apoio à manifestação do Presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre, exortando os demais poderes a se unirem, envidando todos os esforços e recursos disponíveis para o enfrentamento desta gravíssima crise, que põe em risco a vida de milhares de brasileiros.
Por outro lado, constato com preocupação a postura do Presidente Jair Bolsonaro, que vai na contra-mão do que pregam todas as autoridades sanitárias do mundo e insistindo numa insensata política de confronto com governadores e a imprensa. Mais absurda ainda, é a ideia que começa a se disseminar a partir do discurso do Presidente, de que a morte de alguns seria o preço a se pagar pela manutenção de empregos e da atividade econômica, este sim o "mal maior" a ser combatido.
O Brasil vem adotando ações alinhadas com o conhecimento científico disponível, com o aprendizado que a cada dia se produz globalmente sobre a doença e com a experiência de outros países, sob a orientação das maiores autoridades sanitárias mundiais, nacionais e locais.
O Presidente propõe o isolamento vertical dos grupos de maior risco (idosos e doentes crônicos) liberando crianças para volta às escolas, a reabertura do comércio e serviços.
Sequer indica de que forma tal "isolamento seletivo" se daria, ignorando (ou fingindo ignorar) que os idosos acima de 65 anos no Brasil representam cerca de 10,5 % da população brasileira, que vivem em sua enorme maioria em condições insalubres e com alta concentração populacional. Ao liberar os familiares dessas pessoas ao convívio social normal, estaríamos condenando irremediavelmente à morte toda essa parcela da população.
Essa cruel contabilidade contém uma equação cujo resultado é medido em vidas humanas.
Tasso Jereissati
( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)