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Nordestinas
  • 17/03/2020 08h30

    CRISE: Mais importantes autoridades da República se reúnem para tratar do momento sem o Presidente Bolsonaro; Henrique Mandetta representou o Executivo

    Autoridades evitaram dar detalhes e disseram que manifestação do 15 de Março não foram tratadas
    Foto: Felipe Sampaio/ SCO/STF

    Autoridades discutiram a cise sem o Presidente Jair Bolsonaro

    ( Publicada oiginalmente às 22h 29 do dia 16/03/2020) 

    (Brasília-DF, 17/03/2020) O dia chamou atenção por mais um dia em que o presidente Bolsonaro não teve agenda, deu entrevista polêmica, não participou de reunião remota de líderes da América Latina para trata do novo coronavius(Covit-19). Justo hoje, 16, as maiores autoridades da República se reuniram a portas fechadas no Supremo Tibunal Federal(STF) para tratar, oficialmente, da crise do novo coronavirus, sem a presença do Presidente da República.

    Bolsonaro, em dois momentos, numa entrevista à noite do dia 15, à porta do Alvorada, e depois nesta segunda-feira, 16, na Rádio Bandeirantes, mesmo fazendo críticas ao Legislativo, disse que estava pronto para se reunir com os chefes de poderes. A reunião foi convocada pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo com o objetivo de debater ações de enfrentamento à covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

    Dias Toffoli apresentou medidas que estão sendo adotadas pelo STF, como as restrições de acesso às sessões presenciais, conforme disposto na Resolução 663, publicada na semana passada. Além disso, o Supremo passará a realizar um monitoramento diário junto ao Ministério da Saúde para embasar a tomada de decisões.

    Mandetta apresentou às autoridades presentes um balanço da disseminação do vírus pelo país e das ações já iniciadas por sua pasta e pelo governo federal.

    O ministro da Saúde declarou durante a reunião que as instituições brasileiras precisam continuar funcionando unidas, ao lado da população, para que sejam tomadas “todas as medidas coletivas que consigam amenizar o estresse e, com certeza, vamos aprender muitas lições para que, após o término desta epidemia, a gente comece um mundo diferente, um mundo mais igualitário, mais equilibrado”.

    Na avaliação de Mandetta, sessões da Câmara, do Senado, do STF e de outras instituições podem continuar por enquanto, mas ele sugeriu que se use o máximo possível os meios eletrônicos para realizá-las. Ele também descartou, até o momento, o fechamento de fronteiras.

    “Será duro, sim. Não será fácil para ninguém. Nós vamos atravessar isso juntos, tomando as melhores atitudes, baseados nas melhores evidências”, disse Mandetta à imprensa, após a reunião.

    O ministro da Saúde recomendou às autoridades o estabelecimento de restrições na fronteira com a Venezuela. Ele preocupa-se principalmente com a falta de informações sobre a epidemia no país vizinho. "Não tenho contato com o ministro da Saúde. Com a Venezuela, é um vazio", disse.

    Com as demais fronteiras, Mandetta não considera que a restrição seja determinante. "Tem que ver caso a caso. São 17 mil km de fronteira. A eficácia dessa medida é questionável". Ele ponderou o mesmo sobre o cancelamento de voos. "Todos insumos de laboratório a gente traz de fora", alertou.  Mandetta também teve reunião com representantes de países do Mercosul para traçar um cenário de combate à epidemia na América do Sul.

    Participaram, também, do encontro os ministros do Supremo Luiz Fux, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Gilmar Mendes; o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; o procurador-geral da República, Augusto Aras; ministros e representantes do Tribunal de Contas da União (TCU), da Advocacia-Geral da União (AGU), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Superior Tribunal Militar (STM) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    (da redação com informações de assessorias e agências. Edição: Genésio Araújo Jr)


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