( Publicada originalmente às 21h 24 do dia 19/02/2020) 

(Brasília-DF, 20/02/2019) O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta quarta-feira, 19, que a declaração do presidente Jair Bolsonaro contra a jornalista Patrícia Mello Campos, da “Folha de São Paulo”, já é “página virada”.

Apesar de considerar a fala do presidente brasileiro como “lamentável”, ele avaliou que infelizmente ela “já aconteceu” e que, assim, o que é possível é que a “gente possa daqui para frente conduzir [as relações com os profissionais de imprensa] com mais respeito”.

Na oportunidade, o presidente do Senado comentou, ainda, que “nenhum ataque à democracia será tolerado” sobre a fala do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que afimou que o governo não deve “ceder as chantagens do Congresso” para alterar os dispositivos do orçamento impositivo.

“Primeiro sobre as declarações do presidente neste episódio com a jornalista, a gente lamenta porque a gente sabe o papel fundamental da imprensa brasileira. A gente sabe que vocês todos fazem do dia a dia o trabalho e a vida de vocês para levar as informações. Mas isso, cada um, conduz da sua maneira. A minha maneira é essa de conciliar, de agregar, de pacificar”, falou.

“Do ponto de vista da instituição do Senado da República, esse episódio é uma página virada porque já aconteceu, mas que a gente possa daqui para frente conduzir com mais respeito, mais atenção, porque vocês são atores importantes no fortalecimento das instituições. A imprensa é fundamental, a liberdade de imprensa é fundamental e a gente tem que proteger isso que está assegurado na Constituição”, complementou.

“Nenhum ataque à democracia será tolerado pelo Parlamento. O momento, mais do que nunca, é de defesa da democracia, independência e harmonia dos Poderes para trabalhar pelo país. O Congresso Nacional seguirá cumprindo com as suas obrigações”, se manifestou através de uma nota sobre as declarações do general Augusto Heleno.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)