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Nordestinas
  • 22/11/2019 08h06

    CASO MARIELLE/ANDERSON: Jair Bolsonaro acusa governador do Rio, Wilson Witzel, de manipular investigação por conta de investigação que pode chegar a Carlos Boslonaro

    Enquanto isso o ministro da Justiça, Sérgio Moro, defende que o crime que matou a ex-vereadora carioca do PSOL e seu motorista seja investigado apenas pela Polícia Federal
    Foto: Folho -Uol

    Jair Bolsonaro reclamou e Sérgio Moro deu apoio

    ( Publicada originalmente às 19h 06 do dia 21/11/2019) 

    (Brasília-DF, 22/11/2019) O presidente da República, Jair Bolsonaro, disparou nesta quinta-feira, 21, contra o governador do Rio de Janeiro (RJ), Wilson Witzel (PSC), e acusou o gestor fluminense de manipular a investigação da Polícia Civil do estado sobre o assassinato da ex-vereadora carioca do PSOL, Marielle Franco, ocorrido em março de 2.018.

    A declaração do presidente brasileiro aconteceu após o jornalista Kennedy Alencar informar nesta última quarta-feira, 20, que a Polícia Civil do RJ trabalha com a possibilidade do vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, estar envolvido no assassinato da ex-vereadora. Os policiais sustentam que há indicativos de que o filho do presidente brasileiro poderia querer o assassinato da parlamentar do PSOL.

    “Esse trabalho [de investigação da Polícia Civil do RJ], em parte, [a mando] desse governador que tem obsessão de ser presidente da República. Dizem alguns que só seu gabinete ele usa a faixa presidencial. Acabaram as eleições e ele botou na cabeça que quer ser presidente. Direito dele e de qualquer um de vocês. Mas ele também botou na cabeça destruir a reputação da família Bolsonaro”, falou o presidente em coletiva durante o lançamento do seu novo partido Aliança pelo Brasil num luxuoso hotel de Brasília.

    “A minha vida virou um inferno depois da eleição do senhor Wilson Witzel, lamentavelmente. Já sabia das intenções [dele], do que vinha fazendo. Ele vinha manipulando esse processo. Parece que não interessa à esquerda chegar aos mandantes do crime, mas usar esse crime bárbaro que todos nós repudiamos para atingir a reputação de outras pessoas. Tentam envolver o Carlos [na investigação] e parte de alguns no Brasil quer jogar para cima de mim a possibilidade de eu ser um dos mandantes do crime da Marielle”, complementou.

    Federalização

    Por outro lado, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, voltou a defender nesta quinta-feira, 21, que o crime que matou a ex-vereadora carioca do PSOL seja investigado apenas pela Polícia Federal (PF) vinculada à sua pasta ministerial.

    “O envolvimento do nome do presidente é um total disparate. [Vejo] esse novo episódio, em que se busca politizar indevidamente, na minha avaliação, claro que será decidido pela Justiça, mas o melhor caminho para uma investigação exitosa é a federalização. Não é demérito das autoridades estaduais, mas é melhor que seja a federalização”, falou o ex-juiz federal que comandou até 2.018 a operação Lava Jato.

    “É uma avaliação objetiva, que para esse caso, é colocar a PF com expertise e reputação. Não é ministro que investiga nem diretor da PF. O que vai ter é um grupo de federais, com o Ministério Público Federal, e podem contar com apoio das autoridades federais para realizar uma investigação técnica e isenta. [Que merece] neutralidade e dedicação, sem politização”, completou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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