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Nordestinas
  • 07/10/2015 08h23

    Antonio Carlos Valadares critica a insistência do Brasil em negociar com a Europa

    Senador do PSB de Sergipe teme que o país fique isolado do quadro econômico mundial por não fazer parcerias com nações de outros continentes
    Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

    Antonio Carlos Valadares cita Acordo de Parceria Transpacífico (TPP) que integra países como EUA, Japão, Peru e Chile

    ( Publicada originalmente às 22h 23 do dia 06/10/2015) 

     

    (Brasília-DF, 07/10/2015) O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) acha que o Brasil pode ficar isolado no quadro econômico mundial. Ele fez pronunciamento na tribuna do plenário do Senado nesta terça-feira, 6, avaliando o Acordo de Parceria Transpacífico (TPP), firmado segunda-feira, 5, entre 12 países, entre eles Estados Unidos e Japão, além dos sul-americanos Chile e Peru. O senador disse que o acordo deixa o Brasil numa situação altamente incômoda e preocupante. 

    O acordo é considerado o maior pacto comercial da história, reunindo 40% do PIB mundial, isto é, algo em torno de US$28 trilhões. “Mas, o Brasil, pelo menos até o momento, teimosamente, prefere conversar com a União Europeia. Há anos e anos essa conversa se alonga, e os dois não chegam a nenhuma conclusão sobre um possível acordo econômico”, afirmou. 

    Exportações menores

    Antonio Carlos Valadares destacou que, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, as exportações do Brasil podem encolher 2,7% depois de efetivado este acordo. “Em 2014, o Brasil exportou US$ 31 bilhões em manufaturados, dos quais 25% para países que formaram esse bloco. Os produtos mais afetados serão carne, açúcar refinado, carros e máquinas”, alertou.

    O senador acredita que para ultrapassar essas dificuldades e conviver com esse novo cenário econômico, o Brasil terá que tomar iniciativas o mais rápido possível junto ao Mercosul no intuito de colocá-lo junto aos Estados Unidos ou junto a esse novo bloco, a fim de que todos os que fazem parte do bloco não sejamos prejudicados nos seus objetivos econômicos.

    Dificuldade maiores

    “Faço esse pronunciamento para alertar a presidenta Dilma que as suas dificuldades, que já são grandes, poderão aumentar, caso o Governo continue a fazer negociações românticas, que nada produzem, do ponto de vista econômico e social, ou continue a bater na mesma tecla de uma negociação com a Europa – há quase dez anos, nada acontece”, disse.

    (Da Redação, com assessoria. Edição de Valdeci Rodrigues)


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