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- Contato Brasil, 21 de novembro de 2024 03:24:29
(Brasília-DF, 10/03/2017) A participação do atual presidente da República Michel Temer no debate da Transposição do Rio São Francisco não é de agora, depois que assumiu a presidência da República, dia 31 de agosto de 2016, quando da consolidação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
É o que afirma um dos articuladores do projeto, o ex-senador paraibano e vice-presidente nacional do PSC, Marcondes Gadelha.
“O presidente Michel Temer não está de apropriando indevidamente da transposição, ele teve um papel que muito importante nesse processo que poucos imaginam. As pessoas só veem que ele está entregando a obra”, revelou Gadelha, em entrevista exclusiva ao portal da Política Real.
Segundo Gadelha, a participação de Temer na história da transposição “vem lá de trás”.
Debate vai ao Congresso
Quando Temer foi presidente da Câmara dos Deputados ele criou o primeiro Grupo de Trabalho (GT) da transposição do São Francisco. “Foi ele quem trouxe pela primeira vez essa discussão para dentro do Congresso Nacional”, disse.
“Antes, a gente não podia discutir esse assunto, porque o pau cantava nas cidades: era tumulto, baderna. Dentro do Congresso,, que era um terreno neutro, ficou mais fácil da gente discutir, porque não tinha influência emocional local, das pessoas que estavam na beira do rio. Então, nós podemos convocar intelectuais, geógrafos, engenheiros. Fazer audiências públicas no Congresso. Até hoje esse debate continua vivo na Câmara, porque o Temer possibilitou isso, por volta 1999 e 2000”, ressaltou Gadelha.
Licença ambiental/início da obra
“Esse foi o maior grupo de trabalho que já se constituiu na Câmara para tratar da transposição do São Francisco. Eram 167 deputados. No meu entender, esse GT deu virando muito grande nessa questão”, frisou. O presidente do grupo era o deputado Henrique Eduardo Alves (RN) e o relator, o próprio Marcondes Gadelha – que foi deputado federal em dois mandatos: de janeiro de 1971 a março de 1983; e de fevereiro de 1990 a janeiro de 2011 (ele foi senador de março de 1983 a março de 1991).
O GT, depois de muita discussão, conseguiu, junto ao Ibama, a licença ambiental para que o ex-presidente Lula pudesse dar inicio às obras da transposição.
“Eu não sei nem se o Temer se lembra que foi ele quem criou esse Grupo de Trabalho. Mas o papel dele foi fundamental nessa etapa, mas importante talvez do que agora, foi quando ele conseguiu tirar o debate dos estados e trazer para dentro do Congresso, e a ideia começou a evoluir, ganhou força e acabou se tornando um consenso nacional”, concluiu Gadelha.
(Por Gil Maranhão – Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)