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- Contato Brasil, 21 de junho de 2025 04:33:37
(Brasília-DF, 20/06/2025) Nesta sexta-feira, 20, no oitavo dia da troca de ataques militares entre Israel e Irã, foi realizada sessão de emergência do Conselho de Segurança a pedido do Irã. A solicitação teve apoio de Argélia, China, Paquistão e Rússia.
O dia foi marcado por dezenas de ataques entre forças israelenses e iranianas. Agências de notícias informaram que hospitais dos dois lados sofreram com os ataques e sirenes, explosões, artefatos no céu e fumaça foram observados.
Na ONU, o embaixador do Irã Amir Saeid Iravani afirmou que centenas de civis foram mortos em ataques israelenses a hospitais, dois deles atingidos nesta sexta-feira. Ele citou como exemplo os bombardeios ao Hospital Infantil Hakim em Teerã, ao Hospital de Reabilitação Farabi em Kermanshah, ao prédio da Sociedade do Crescente Vermelho Iraniano e a ambulâncias.
A fala de Iravani rebateu declarações sobre um hospital israelense atingido por mísseis iranianos.
Segundo ele, médicos, pacientes e profissionais de saúde foram mortos e feridos. "Esses não foram acidentes ou danos colaterais. Foram crimes de guerra deliberados", disse Iravani durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre a escalada do conflito.
Já o enviado de Israel às Nações Unidas, Danny Danon, disse ao Conselho que seu país não interromperá os ataques "até que a ameaça nuclear do Irã seja desmantelada".
Aumenta preocupação de risco nuclear
Também no Conselho de Segurança, o chefe da agência nuclear da ONU alertou contra bombardeios a instalações nucleares e pediu máxima contenção.
"Um ataque armado contra instalações nucleares pode resultar em vazamentos radioativos com grandes consequências dentro e além das fronteiras do Estado atacado", disse Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Na quinta-feira, um oficial militar israelense recuou de uma informação divulgada por um porta-voz militar que dizia que Israel atacou Bushehr, a única usina nuclear comercial do Irã. O oficial afirmou que não podia confirmar nem negar se Bushehr, construída pela Rússia e localizada na costa do Golfo, havia sido atingida.
Israel diz estar determinado a destruir as capacidades nucleares do Irã, mas afirma que quer evitar um desastre nuclear.
( da redação com DW, AP, AFP. Edição: Política Real)