- Cadastre-se
- Equipe
- Contato Brasil, 02 de maio de 2025 22:38:00
(Brasília-DF, 02/05/2025). Os mercados nacionais reabriram nesta sexta-feira. A Politica Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil não haverá divulgação de índices importantes. Mercado viu emprego se mantendo com destaque o que deverá garantir renda e pressão sobre a inflação.
Veja mais:
Nesta sexta-feira, os futuros dos EUA operam em alta (S&P 500: +0,5%; Nasdaq 100: +0,3%), impulsionados pelo sinal da China de que pode retomar negociações comerciais com os EUA. Investidores também digerem os balanços de Apple e Amazon e aguardam a divulgação do payroll de abril. Na véspera, o S&P 500 subiu 0,6% e o Nasdaq avançou 1,5%, com o setor de tecnologia reagindo positivamente aos resultados de Meta e Microsoft. Ambos os índices acumularam oito dias consecutivos de alta, enquanto o Nasdaq apagou as perdas desde o anúncio das tarifas em 2 de abril.
As Treasuries operam em queda, com a taxa do título de 10 anos recuando para -2,5 bps, acompanhando o alívio nos mercados diante da sinalização de diálogo entre EUA e China.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +1,1%) com apoio de resultados das empresas locais e da expectativa de alívio nas tensões comerciais. Shell avançou 2,6% após divulgar lucro acima do esperado e anunciar novo programa de recompra de ações. A inflação da Zona do Euro se manteve estável em abril, contrariando a expectativa de desaceleração. Na China, os mercados permaneceram fechados por conta do feriado do Dia do Trabalho. O índice Hang Seng teve forte alta na última sessão, refletindo o otimismo com as negociações e o impulso das ações de tecnologia (HSI: +1,74%; CSI 300: fechado).
Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,61% (-4,1bps), enquanto os de dez anos em 4,16% (-1,6bp).
IBOVESPA -0,02% | 136.067 Pontos. CÂMBIO +0,96% | 5,68/USD
Ibovespa
Na última quarta-feira, o Ibovespa fechou próximo da estabilidade, com leve queda de 0,02%, aos 135.067 pontos, interrompendo uma sequência de sete altas consecutivas do índice. Com isso, o Ibovespa finalizou o mês de abril com uma alta de 3,7%. No Brasil, os dados do Caged de março vieram abaixo das expectativas do mercado, o que contribuiu para o fechamento da curva de juros, enquanto nos EUA os dados do PIB do 1T25 apontaram uma contração de 0,4%, reforçando as preocupações do mercado com as perspectivas para a atividade econômica por lá.
A ação da Weg (WEGE3, -11,6%) ficou entre os destaques negativos do dia na Bolsa brasileira, repercutindo a divulgação dos resultados do 1T25 da companhia, que veio abaixo das expectativas dos investidores (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Já a CPFL (CPFE3, +5,2%) subiu, após anúncio de cisão parcial da CPFL geração, que será incorporada pela CPFL Energia visando simplificar a estrutura da companhia.
Nesta sexta-feira, todos os olhos estarão voltados para o relatório de empregos (nonfarm payroll) referente a abril nos EUA. Pela temporada internacional de resultados do 1T25, os principais balanços serão Eaton Corp e as petroleiras Exxon Mobil e Shell.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva. O DI jan/26 encerrou em 14,68% (- 2,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,91% (- 5bps); DI jan/29 em 13,54% (- 11,8bps); DI jan/31 em 13,78% (- 15,3bps).
Economia
Nos Estados Unidos, o destaque dessa sexta-feira será a divulgação do relatório de emprego de abril, com destaque para o nonfarm payroll. Após frustração na criação de vagas de emprego privado na quarta-feira (relatório ADP), o mercado projeta adição líquida de 138 mil empregos no último mês. O PIB americano do 1T25 veio também abaixo das expectativas, tendo contraído 0,3% anualizados na comparação trimestral, com destaque para forte alta nas importações e desaceleração relevante no consumo das famílias. Além disso, o índice de preços core PCE ficou acima das expectativas no período, elevando as apostas de estagflação na principal economia do mundo.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira com alta de 0,33%, marcando sua décima quarta valorização consecutiva e fechando o mês de abril com uma um ganho acumulado de 3,01%. Com esse desempenho, o índice está a apenas 0,3% de alcançar sua máxima histórica de 3.424 pontos, registrada em abril de 2024. Os Fundos de Tijolos foram o destaque na sessão, com uma valorização média de 0,45%, enquanto os FIIs de Papel apresentaram um desempenho médio de 0,17%. Entre os destaques positivos, sobressaíram TRBL11 (+4,6%), RCRB11 (+3,7%) e KIVO11 (+2,1%). Por outro lado, entre os destaques negativos, figuraram VINO11 (-3,4%), RBRL11 (-2,3%) e URPR11 (-1,8%).
No Brasil, agenda vazia de indicadores na emenda de feriado. Na quarta-feira, o destaque ficou para a divulgação das estatísticas do mercado de trabalho referentes a março. Após forte surpresa altista em fevereiro, a geração líquida de empregos formais ficou em 71 mil vagas, bem abaixo do consenso de mercado (185 mil). No entanto, quando considerada a média móvel trimestral, o mercado formal segue em bom ritmo, embora com sinais (esperados) de desaceleração. A taxa de desemprego, por sua vez, ficou em 7% no primeiro trimestre, em linha com o esperado, ao passo que métricas salariais seguem apontando alta na margem, o que sustenta a atividade econômica, mas com pressões sobre a inflação.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)