(Brasília-DF, 30/04/2025)   Nesta quarta-feira, 30, o Tesouro Nacional divulgou o seu Relatório Mensal da Dívida Pública Federal referente a março de 2025.  

O estoque da DPF(Dívida Pública Federal)  apresentou aumento, em termos nominais, de 0,22%, passando de R$ 7.492,01 bilhões, em fevereiro, para R$ 7.508,31 bilhões, em março. A DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal Interna)  teve seu estoque ampliado em 0,29%, ao passar de R$ 7.177,67 bilhões para R$ 7.198,77 bilhões, devido à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 74,09 bilhões, neutralizado em parte pelo seu resgate líquido, no valor de R$ 52,99 bilhões. Com relação ao estoque da DPFe(Dívida Pública Federal Externa), houve variação negativa de 1,53% sobre o estoque apurado em fevereiro, encerrando o mês de março em R$ 309,54 bilhões (US$ 53,91 bilhões), sendo R$ 256,52 bilhões (US$ 44,67 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 53,03 bilhões (US$ 9,23 bilhões) relativos à dívida contratual.

Em março, incertezas sobre o impacto da política tarifária na economia dos EUA e perspectiva de redução no ritmo de corte de juros por parte do Fed em 2025 impactaram emergentes, com abertura dos prêmios de risco. Em março, a curva de juros local perdeu inclinação em função de reprecificação da trajetória futura da taxa básica de juros.

As taxas de emissão da DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal Interna) oscilaram ao longo do mês de março, mas encerraram abaixo do mês de fevereiro, refletindo expectativas em relação à política monetária e incertezas no cenário externo.

Em março, as emissões da DPF somaram R$ 133,15 bilhões e os resgates, R$ 187,87 bilhões. Na DPMFi, foram emitidos R$ 63,71 bilhões em títulos prefixados, R$ 55,13 bilhões remunerados por taxa flutuante e R$ 14,25 bilhões, por índice de preços. Vencimento de R$ 183,43 bilhões de LFT em março. Resgate líquido da DPF em março: R$ 54,72 bilhões.

O grupo Prefixado apresentou elevação na sua participação, alcançando 21,51% do estoque da DPF. Em março, o grupo Flutuante apresentou redução nas sua participação na DPF para 46,38%.

Instituições Financeiras são os principais detentores, com 30, 5% de participação, seguidos por Previdência (24,1%) e Fundos (21,5%) .

Em fevereiro, o estoque de Não -Residentes caiu R$ 600 milhões e o estoque de Instituições Financeiras subiu em R$ 51,9 bilhões.

Custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses houve aumento de 11,57% a.a., em fevereiro, para 11,70% a.a., em março. Custo médio do estoque da DPMFi acumulado em 12 meses também apresentou elevação para 11,28% a.a., em março. Custo médio do estoque da DPFe acumulado em 12 meses: queda para 21,38% a.a., em março. Custo médio das emissões em oferta pública da DPMFi acumulado em 12 meses: aumento para 12,61% a.a.

A reserva de liquidez apresentou redução, em termos nominais, de 2,20%, passando de R$ 888,78 bilhões, em fevereiro, para R$ 869,24 bilhões, em março. O índice de liquidez corresponde a 6,72 meses em março.

Vendas no mês de R$ 11,69 bilhões e resgates de R$ 12,43 bilhões. Resgate líquido de R$ 0,74 bilhão em março. Título mais demandado: Tesouro Selic (63,22%) Estoque: R$ 165,09 bilhões, aumento de 0,66% em relação a fevereiro. Títulos indexados à inflação representam 52,25% do estoque do TD

Operações até R$ 5 mil responderam por 72,20% das compras do TD. 228.048 novos investidores cadastrados no TD em março. Nº total de investidores cadastrados: 31,97 milhões (aumento de 14,17% nos últimos 12 meses). Nº de investidores ativos: 2,95 milhões (variação de 15,41% nos últimos 12 meses).

Em abril, a guerra tarifária entre EUA e China impactou a perspectiva de crescimento da economia americana, elevando a aversão ao risco, com abertura dos prêmios de emergentes. Em abril, a curva de juros local perdeu nível diante das incertezas globais que devem impactar a economia local e internacional.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)