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- Contato Brasil, 30 de janeiro de 2025 20:42:36
(Brasília-DF, 30/01/2025) O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT foram críticos da gestão do economista Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo Governo Bolsonaro, por conta da taxa da Selic que aumentou durante seus primeiros dois anos de mandato no Planalto. Hoje, 30, durante a coletiva aos jornalistas, em primeira coletiva aos que fazem a cobertura do Palácio do Planalto, falou sobre a primeira reunião do Copom na gestão do economista Gabriel Galípolo, indicado por ele, que confirmou nova alta na primeira reunião do Comitê de Política Monetária Copom) do ano de 2025
Lula da Silva disse que não se surpreendeu com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido o ritmo até então registrado de alta de juros, elevando a taxa em um ponto percentual.
“Uma pessoa que já tem a experiência de lidar com o Banco Central, como eu tenho, tem consciência de que, num país com o tamanho do Brasil, com a responsabilidade do Brasil, o presidente do Banco Central não pode dar um cavalo de pau no mar revolto, sabe, de uma hora para outra”, disse.
“Já estava praticamente demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente [do Banco Central, Roberto Campos Neto]. O Galípolo fez aquilo que ele entendeu que deveria fazer. Nós temos consciência de que é preciso ter paciência”, completou Lula.
O presidente disse, também, ter “100% de confiança” no trabalho do novo presidente do Banco Central. “E tenho certeza de que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor, no tempo em que a política permitir que ele faça”, afirmou.
“Nós, como governo, temos que cumprir a nossa parte. A sociedade cumpre a parte dela e o companheiro Galípolo cumpre a função que ele tem, que é de coordenar a política monetária brasileira e entregar para nós, dentro do possível, a inflação mais baixa e o juro mais baixo possível. É isso que vai acontecer. Eu já esperava por isso, não é nenhuma surpresa pra mim.”
Autonomia
Lula disse ainda que, em seu governo, o presidente do Banco Central terá “autonomia de verdade”. “O [ex-presidente do Banco Central Henrique] Meirelles já teve, durante oito anos. Não foi um dia, foram oito anos”, lembrou, ao se referir ao período em que Meirelles assumiu a política monetária, entre 2003 e 2011.
Segundo o presidente, o recado dado por ele para Galípolo foi: “’Você vai ter autonomia. Faça o que for necessário fazer. O que eu quero que você saiba é que o povo e o Brasil esperam que a taxa de juros seja, dentro do possível, controlada’. Para que a gente possa ter mais investimento e mais desenvolvimento sustentável, gerar mais empregos e gerar mais distribuição de riqueza nesse país”.
“Eu não esperava milagre. Eu esperava que as coisas acontecessem da maneira que ele [Galípolo] entendeu que devem acontecer”, concluiu Lula.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)