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- Contato Brasil, 15 de janeiro de 2025 12:08:06
Com BBC
(Brasília-DF, 15/01/2025) Na manhã desta quarta-feira, 15, no ocidente mas ainda na noite da terça-feira, 14, presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, finalmente, foi preso pela polícia sul-coreana após horas de tensão em torno da residência presidencial em Seul.
Yoon, que está sendo investigado por insurreição por ter declarado a lei marcial no início de dezembro, é o primeiro presidente sul-coreano na história a ser preso.
A operação para prendê-lo durou quase seis horas — das 4h20, horário local, até depois das 10h.
Mais de 1.000 policiais e agentes anticorrupção que chegaram à residência presidencial foram recebidos por multidões a favor e contra Yoon.
Em 3 de janeiro, mais de 150 policiais tentaram durante horas prendê-lo, mas foram superados em números — primeiro por uma multidão de apoiadores do presidente que se reuniu em torno da residência, e depois por uma parede humana de guarda-costas dentro da propriedade.
Na oportunidade, representantes da operação afirmaram que a situação era "impossível" e que havia preocupação com a segurança dos agentes envolvidos.
O impeachment de Yoon Suk-yeol foi aprovado pelo Parlamento em 14 de dezembro. No entanto, o impeachment ainda precisa ser confirmado ou rejeitado pelo Tribunal Constitucional.
O julgamento começou nessa segunda-feira ,13, mas terminou quatro minutos depois, porque o presidente afastado não estava presente.
Em face disso, os promotores argumentaram que não havia outra alternativa senão a prisão.
Quando a lei marcial é declarada, atividades políticas como manifestações e comícios são proibidas, greves e movimentos trabalhistas são vetados, e atividades da mídia e de editoras passam a ser controladas pelas autoridades. Quem descumprir as regras pode ser preso ou detido sem mandado.
Desde a aprovação do impeachment no Parlamento, Yoon permaneceu trancado na residência presidencial, protegido pela guarda presidencial, recusou-se a cooperar com as autoridades e ignorou todas as convocações para depor.
Fora da residência oficial, dois grupos de manifestantes competiam entre si na véspera da prisão.
Os advsersários de Yoon gritavam "prendam-no", enquanto seus apoiadores gritavam o nome do presidente afastado.
Houve fortes aplausos do lado contrário a Yoon quando foi noticiado que a polícia conseguiu entrar no complexo presidencial — depois de romper os bloqueios feitos com ônibus colocados pela segurança presidencial.
A crise política da Coreia do Sul colocou dois segmentos do poder um contra o outro: os policiais e agentes da lei, armados com um mandado de prisão legal que pretendiam executar; e a equipe de segurança presidencial, que argumentava ter o dever de proteger o presidente.
Ambos afirmavam seguir as leis e o Estado de direito, enquanto o confronto continuava.
Antes da prisão de Yoon, o chefe interino do Serviço de Segurança Presidencial, Kim Sung-hoon, foi preso.
( da redação com informações e textos da BBC. Edição: Política Real)