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  • Contato Brasil, 14 de outubro de 2024 14:05:04
Jorge Henrique Cartaxo
  • 14/03/2019 22h15

    Tolices e erros

    Avaliação semanal vê equívocos desnecessários

    Embaixador Paulo Roberto Almeida( Foto: Exame)

    A confusão por tolices no governo Bolsonaro é tamanha que já há quem a considere uma espécie de estratégia para desviar a população dos grandes e fundamentais temas como a previdência, os juros, a segurança, a prometida abertura dos mercados....etc.

    Não faz sentido, por exemplo, nem a forma e menos ainda o conteúdo,  da presença do senhor Olavo de Carvalho – que mora nos Estados Unidos – nas questões internas de alguns ministérios da República, notadamente o da Educação e das Relações Exteriores. Ainda ontem o secretario do MEC, Luiz Antônio Tozi, foi afastado do cargo. Há rumores de que 20  outros técnicos serão exonerados e que até o ministro pode ser destituído. É fato que o senhor Ricardo Vélez Rodrigues não tem sido exatamente feliz nas suas raras manifestações. Percebe-se também que há uma certa paralisia na área da educação no País. Em principio, esse desconforto deveria ser tratado pelo Congresso, o mundo acadêmico, a mídia...enfim.  Mas jamais pelo senhor Carvalho e setores militares do governo.

    Ainda no carnaval, mais uma vez por suposta ordem indireta do senhor Olavo de Carvalho, o ministro das Relações Exteriores, o bizarro Ernesto Araújo, afastou da direção do IPRI – Instituto de Pesquisas de Relações Internacionais – o embaixador Paulo Roberto de Almeida, um dos melhores quadros da diplomacia brasileira. Paulo Roberto integra a mais nobre linhagem do Itamaraty do qual fazem parte Rubens Ricupero, Rubens Barbosa, José Guilherme Merquior, Gelson Fonseca dentre outros.  São diplomatas cultos, eruditos que pensam de forma refinado o País e o mundo.

    Também no carnaval, o presidente Jair Bolsonaro republicou um vídeo indecente de dois homossexuais. A indignação do presidente é plenamente compreensível e justificável ao ver aquelas cenas, mas não cabia a ele divulga-las. O gesto não foi condizente com o cargo. O ruído foi enorme e absolutamente desnecessário. Seus desencontros com o vice-presidente Hamilton Mourão, de tão frequentes oscilam entre o desconforto e a piada. Não é razoável!

    É natural e desejável que esses fatos sejam observados e devidamente tratados pela mídia e os brasileiros de um modo geral. Mas deve ser observável também o conteúdo e a tramitação da reforma da Previdência. A tramitação e o conteúdo do plano de segurança, já encaminhado ao Congresso pelo ministro Sérgio Moro. A caixa preta, de certa forma aberta, do BNDES. As suspensões de contratos suspeitos em vários órgãos do novo governo...acompanhar e vigiar!

      

    E-mail: [email protected]

    Twiter: @JorgeCartaxo6 

                                              


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