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- Contato Brasil, 27 de janeiro de 2025 07:02:49
(Brasília-DF) Vamos juntar, não amontoar, para refletir.
Entre 1.918 e 1.920 o mundo viveu a grande pandemia que a ciência viu, até então, a conhecida “Gripe Espanhola”. Justo no final da Grande Guerra, calcula-se que 18 milhões de pessoas tenham morrido no planeta.
Em 2.020 vivemos o início da outra grande pandemia, a do Covid-19. A ciência já tinha outro patamar. Segundo a OPAS/ OMS, 14,9 milhões de pessoas morreram com doenças associadas ao Covid-19.
Em 25 de outubro de 1.929, tivemos a crise do “Crash” (esmagamento!) da Bolsa de Nova York. A maior crise do capitalismo hard do século 20.
Interessante que a democracia ainda não estava em moda no Planeta e só se falava de comunismo e fascismo. Interessante que os anos 30 do século passado foram os anos de ouro do fascismo. Se dizia que o capitalismo irresponsável era coisa dos judeus, que não tinham compromisso com os trabalhadores.
Os grandes capitalistas alemães como Thyssen, Krupp, IG Farben, Bosch, Blaupunkt, Daimler-Benz, Demag, Henschel, Junkers, Messerschmitt, Siemens e Volkswagen deram apoio, com suas famílias, a Adolf Hitler na Alemanha, que viveu a partir de 1.933 a grande era fascista. A Fiat apoiou Benito Mussolini, na Itália fascista. Mussolini tomou o poder muito antes, em 1.922.
Nesta segunda-feira, 27 de janeiro de 2025, se completam 80 anos da libertação do campo de concentração nazista de Aushwitz, na Polônia. Nesse sábado, o homem mais rico do planeta, Elon Musk, participou de um comício, por via digital (interessante), do partido Alternativa para Alemanha( AfD), partido fundado em 2013 que caminha para o poder de uma Alemanha que vive sua crise da democracia.
O AfD, visto em seu início como algo menor, corre o risco de ter próximo de 30% do eleitorado da Alemanha. Seus fundadores são filhos de banqueiros nazistas, oficiais nazistas ou membros da antiga SS(Schutzstaffel), “tropa de proteção”, em português.
Interessante que essa crise na democracia atual surge durante uma crise do capitalismo, que sempre se associou com a democracia para, gostem ou não os socialistas, gerarem riqueza e, mal ou bem, criarem uma classe média mundial. Foram décadas em que essa dupla fez sucesso e passou por cima de guerras, o muro de Belim e parecia criar um “Fim da História”; claro que não viria, mas a ilusão é um verso que ficou pior que o soneto.
Interessante que os novos donos do poder e da riqueza estejam se associando com gente que se posiciona como os mesmos personagens do final da década de 20 e uma preludial década de 30, que se aproxima, também, como uma década de ouro daqueles que achavam que a democracia e o capitalismo era uma associação de gente que não tinha compromisso com os trabalhadores. Interessante que esses novos donos do poder são os que ganham mais com o fim dos postos de trabalho, mas controlam mentes.
Não vou recorrer mais ao que se disse após aquela época de trevas com o argumento que veremos novas trevas associada com a liberdade de expressão, com uma crítica ao chamado “globalismo”.
Aí no seu canto de vida isso pode parecer distante, birra de alguém que insiste em fazer associações para explicar o fracasso daqueles que se achavam acima do bem e do mal. A história anda para frente, mas peço, só peço, que reflita sobre tamanhas coincidências que chegam a nós.
O ano de 2025 só está começando num momento em que nossa sociedade está enfraquecida e não sabe para onde ir, em meio a tantas decepções com aqueles que deveriam nos ajudar na condução do leme da nau.
Por Genésio Araújo Jr, jornalista.
E-mail: [email protected],br