(Brasília-DF)  A maior eleição municipal realizada no Brasil, com mais de 155 milhões de eleitores e com um fundo eleitoral de R$ 4,96 bilhões, está se dando neste anos de 2024.

A eleição bilionária e de milhões de brasileiros terá disputas imprevisíveis nas grandes e pequenas cidades, mas o que é certo e podemos afirmar, sem medo de errar, que as candidaturas que disputaram de forma intensa, Lula e sua coalização e a do ex-presidente Jair Bolsonaro, marcadamente por seus partidos, o Partido dos Trabalhadores(PT) e o Partido Liberal(PL), o partido com maior fundo partidário, não sairão deste pleito, em primeiro e segundo turno, sendo os maiores em prefeitos e prefeitas.

É certo que o PT deverá ter um desempenho melhor que em 2020 e o PL, que nunca foi gigante, vai entrar nesse grupo, certamente.

São realizadas eleições municipais no Brasil desde 1532.  Desde o Brasil Colônia. Costuma-se dizer, por isso, que o Estado brasileiro nasceu antes de seu povo. Ao logo das centenas e dezenas de anos vimos as eleições municipais formar oligarquias importantes e célebres.

Na República Velha, os municípios tiveram muita importância para garantir a fórmula das eleições à bico de pena e a voto descoberto. Nos anos 30, veio logo em seguida o Estado Novo em que os prefeitos e governadores eras nomeados.

Veio a redemocratização, em 1945, foram, à época, as maiores eleições municipais brasileiras. Veio a nova ditadura, de 1964. Deixamos de ter eleições municipais nas capitais, que só voltaram em 1985. Não tinha eleição em dois turnos. Vimos os equívocos daquela escolha.

O que se viu desde a mais recente redemocratização é que os partidos que tem a maioria dos prefeitos não tem ganho as eleições. O PSDB de Fernando Henrique, do histórico Plano Real, nunca foi o maior partido, o PT de Lula, com muitas eleições presidenciais, nunca foi o maior partido, o MDB era o maior de Michel Temer, mas ele assumiu com o Impeachment e depois nem candidato à reeleição foi.

Se imaginava que essa eleição municipal, que vinha após uma forte onde polarizadora, após uma revolucionária pandemia e do estranho “mensalão”, teríamos algo muito diferente, algo inédito.  De fato, uma eleição única, com forte presença da  discussão sobre a influência das facções criminais em que as fake News, de fato existiram, mas não foran a estrela de outros recentes momentos.

Muita se falava que essa eleição municipal irá influenciar de forma mais evidente as eleições presidenciais.  Alguns dos vitoriosos dessas eleições poderão ser candidatos à presidência da República em 2026, mas  nada garante, que eles serão mais fortes que uma recandidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou se o ex-presidente Jair Bolsonaro conseguisse a retomada, mais que improvável, dos direitos políticos.

É quase certo que o grande vitorioso dessa eleição serão os partidos do Centrão. Eles serão necessários e fundamentais numa eleição presidencial, com ou sem polarização política.

Os partidos do Centrão, isso sim, irão formar a maioria do Congresso Nacional, seja qual presidente da República for eleito, em 2026.

A pergunta que fica: o Centrão poderia eleger o próximo presidente da República?!  Poderia sim, mas.......

Por Genésio Araújo Jr, jornalista

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