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- Contato Brasil, 14 de outubro de 2024 15:16:41
(Brasília-DF) Neste inicio de semana se poderia falar de diversos assuntos que o Mundo do Poder vem tratando, mas antes de tudo como é interessante ver que o iniciante mês de setembro tem sido fértil em nos impressionar, mas não duvide, suas tragédias foram urdidas no célebre agosto!
Não gargalhe, mas é verdade! Sabem bem como sou impressionado com agosto! Lembrando que as trágicas queimadas que estão deixando até os negacionistas do clima assustados, ao verem seus tratores queimados no Mato Gross - explodiram neste setembro, mas ganharam pressão em agosto. O ato do 7 de Setembro na Avenida Paulista, que reuniu bolsonaristas e órfãos da rede social X, foi gestado e cozinhado em agosto, mas tem uma questão que mesmo vindo de longe é a cara deste setembro de calor.
O caso de assédio sexual que fez o presidente Lula demitir o professor, intelectual e filósofo Sílvio Almeida do Ministério dos Direito Humanos.
É tudo histórico e vai marcar nossa vida pública por anos.
Não se esqueça que Sílvio Almeida é um homem preto, intelectual internacional do “racismo estrutural” que foi demitido por acusações graves. É importante salientar que a regra contemporânea é dar crédito antecipado às mulheres e crianças em casos de assédio e importunação sexual, face a fragilidade das vítimas ao momento inicial.
Não se esqueça que uma ministra da Igualdade Racial, a naturalmente polêmica,e também preta, Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, teria sido assediada e não revelou o caso, abrindo especulações de que pode ter usado o grupo ME Too Brasil como meio para fazer uma denúncia, que atinge uma liderança intelectual preta do governo do qual faz parte.
Não se esqueça que o renomado Sílvio Almeida, com liderança intelectual, não teve o direito de ampla defesa que foi ofertado pelo presidente Lula, e seu governo, ao também ministro, político Juscelino Filho, um nebuloso membro do Centrão, uma mera liderança fortuita dos rincões do Brasil profundo.
Não se esqueça que vivemos no Brasil e no Mundo uma disputa sobre o futuro do identitarismo, que tem a clara participação da defesa dos direitos humanos, dos pretos e mais a mais. Se fala que o identitarismo está descambando para difusão de uma superioridade às avessas, de uma minoria sobre uma maioria.
Não se esqueça que em nome de dar freio a isso, o identitarismo, não podemos embarcar no que se fala no mundo de “gaslithing”, que vem a ser um abuso psicológico a ponto de as pessoas, manipuladas, acharem que estão erradas na busca de seus direitos e que duvidem de si mesmas. Ora bolas, as minorias são de fato discriminadas.
Não se esqueça que tudo isso, e muito mais, nos assusta neste setembro histórico para o futuro e o presente.
Isso sim importa, pois gera uma crise profunda nas chamadas convicções. Claro, há muito de personalismo nesta crise envolvendo Sílvio Almeida, vamos ter que acompanhar os acontecimentos. Mesmo que a profusão de fatos nos faça ver o assunto de lado, não resta dúvida que é o assunto mais sério a nos deter, pois isso envolve o futuro de nossas formulações.
A busca dos políticos, e agora os bilionários(!), por protagonismo é algo que já sabemos e colocamos na conta. A crise climática, severa, nos é cotidiana. Agora essa discussão sobre mulheres, pretos, minorias, maiorias, quem manda e quem obedece é a cara dos grandes dilemas no Século 21.
Por Genésio Araújo Jr, jornalista
e-mail: polí[email protected]