- Cadastre-se
- Equipe
- Contato Brasil, 21 de dezembro de 2024 13:00:27
(Brasília-DF) Nesse início do mês de junho, mês das fogueiras, antes mesmo da chegada de Santo Antônio, o santo casamenteiro, só o que se fala é de um possível fim do casamento de interesses entre o grande empresariado e o presidente Lula.
O casamento surgiu nos atos pré-eleitorais de 2022 para fugir do atraso democrático e, na prática, com o descompromisso da lógica ESG( desenvolvimento sustentável, responsabilidade social e governabilidade) apresentados pela proposta Bolsonaro.
Todo mundo sabe que o grande empresariado ganhou muito dinheiro no Lula 1/2 e que um Bolsonaro 2 não garantia muitas certezas, mas sim, muitas dúvidas.
Nesta terça-feira, 11, um consórcio de frentes parlamentares, em torno de 23, mas pode aparecer mais, vão se reunir num almoço na Frente Parlamentar da Agropecuária(FPA), em Brasília, para uma grande almoço em que todos devem sair pintados de guerra contra o Governo Lula 3 e seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pai da criança da MP 1.227, de 04.06.2024 qual impede compensações bilionárias e que foi pensada por conta da prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores e da maioria dos municípios brasileiros.
Nesse final de semana, na reunião do grupo Esfera, que reúne a nata do empresariado nacional, em São Paulo, o empresário Ruben Ometto, dono, entre outros negócios, da gigante Cosan, reclamou duramente do Governo Federal. “Não dá para pegar o dinheiro da inciativa privada para por no Estado que só cresce”. Ometto é um empresário próximo de Lula, estava naquelas celebrações do casamento de interesse.
Para completar, na segunda-feira, 10, no Palácio Bandeirantes, o governador Tarcísio Freitas, de São Paulo, fará evento de homenagem ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele convidou toda a Faria Lima para o evento. Vão falar mal do Governo, certamente.
Todo mundo sabe que o grande empresariado nunca morreu de amores por Lula, muito menos pelo PT.
O que é estranho é que isso se dá quando o Brasil divulga recorde de vendas em saldo na balança comercial, aumenta o emprego com carteira assinada. mais uma vez, e no fechamento do PIB do primeiro trimestre o país cresceu 0,8%, puxado pelos serviços, com aumento do investimento em 4,1%.
O Brasil cresceu mais que Estados Unidos e Europa, ficando atrás só da Turquia, China e Índia.
O grande empresariado irritadíssimo com o Lula 3 e a economia andando bem, não é um sucesso absoluto, mas andando bem!
A verdade é que os empresários não querem pagar mais tributos, é natural que o façam até porque nossa carga tributária é muito grande e a reforma tributária garante muita coisa boa, mas não haverá redução de carga tributária.
O Lula 3 está pagamento o pato, no entanto é sabido que muito se deve ao engessamento do orçamento controlado pelo Centrão, que fala em reforma administrativa, aqui e acolá.
Uma situação complexa em que o Governo não quer deixar de gastar, os protagonistas do Legislativo querem gastar, também, a sociedade quer mais estado para lhe atender nas agruras, como no caso do Rio Grande do Sul, e o empresariado está cansado de pagar a conta.
O casamento de interesses está abalado, mas não é certo que acabou!
Por Genésio Araújo Jr
E-mail: [email protected]