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  • Contato Brasil, 19 de abril de 2024 03:39:55
Genésio Jr.
  • 15/11/2020 12h46

    Ninguém morreu!

    Muito se fala, antes das urnas fecharem, que o Presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terão muito o que comemorar.

    Lula e Bolsonaro não tem o que comemorar!( foto: montagem Política Real)

    (Brasília-DF) Não há coisa mais ingrata que tratar sobre o fim de uma festa antes de alguém cortar o bolo e fazer falação. É mais ou menos a situação desde analista ao traçar algo por aqui antes do final da votação deste 15 de novembro de 2.020, quando se encerra o primeiro turno nos mais de 5.667 municípios  brasileiros.

    Muita gente já arriscava dizer que estamos voltando ao leito normal, pois a política eleitoral aponta que o brasileiro deve preferir eleger gente que já conhece e que de uma forma ou de outra já mostrou algo para a população. Enfim, não se quer mais apostar às cegas em novidadeiros. As novidades virão, claro, e é bom que venham. Já se fala de uma nova esquerda surgindo aí.  A turma de centro bombando, partidos tradicionais, como o MDB, ainda fortes. Muito se fala, antes das urnas fecharem, que o Presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não terão muito o que comemorar.

    Bolsonaro pensava que o sucesso do Auxílio Emergencial seria um passaporte para uma popularidade que seria replicada nos estados e municípios para quem apoiasse. Lula queria usar essas eleições para os candidatos do PT, que lançou muitos por conta do fim das coligações proporcionais, para defendê-lo das muitas acusações que enfrenta na Justiça desde a Lava Jato.  Bolsonaro acabou enfrentando uma nova rejeição que se especula vai além de sua verborragia, por conta da redução do auxílio emergencial assim como o aumento de preços dos alimentos, principalmente, enquanto Lula além de não contar com apoio desenfreado esteve, de fato, anímico nestas eleições estranhas que vivemos.

    Muita gente insistindo em ver essa eleições como decisivas para 2.022. Se Bolsonaro e Lula perderem a maioria das disputas de seus apoiados e partidários, respectivamente, não devem ser vistos como cartas fora do baralho, de forma alguma.

    As eleições municipais, estranhas ou não por conta dessa pandemia, ainda são voltadas, e muito, às questões locais. Isso é evidente. As pessoas pensam que o mundo começou ontem. Se escolhe prefeitos, alcaides, e vereadores, edis, desde  o ano de 1.532 neste país, antes mesmo que virarmos nação, antes de virarmos um povo, ainda colônia.  Eleição municipal é eleição municipal, por mais que se queira ver mais que isso. É verdade, que em tempos feéricos de mídias sociais insanas, e de polarização, se possa imaginar outras coisas.  Não é bem assim.

    No ano que vem, se as previsões se confirmarem na economia, deveremos crescer em torno de 3,5% do PIB, o que será um salto se comparar o tamanho do buraco em que estamos. Isso importará em aumento de arrecadação, inegável, mas a força da união fará muito dos vencedores que marcharam indiferentes ao inquilino do Palácio do Planalto  nestas eleições o busquem, sim.   Bolsonaro, segundo fontes do mercado financeiro, terá 6 meses decisivos pela frente, para mostrar que é capaz  de conduzir o país e que a recaída desta semana, que fez dele um risco mais que nacional, internacional, seja vencida. Se não conseguir, já tende a ser visto como carente de alternativa.

    Interessante é que este tal “tempo” que foi dado se comunga, e muito, com os primeiros 100 dias em que os novos prefeitos terão cobranças mais claras quanto a suas promessas de campanha.  

    Bolsonaro ganha uma chance importante em sua caminhada, e poderá, de fato, transformar essas eleições municipais em seu favor. Muitas dúvidas que certezas sobre o que teremos pela frente. O Lulismo tem mais dificuldades, não é governo, e mesmo que cresça em pequenas cidades, o iminente mal desempenho nas grandes, o obrigará, se imagina, a ver que não tem o monopólio das esquerdas.  Isso é um grande choque para uma turma que se imaginava inexpugnável em seu campo(PDT) do segundo turno de 1.989, a primeira eleição presidencial depois dos anos de intervenção militar.

    Desafios de sobra pela frente, seja em que cenário for. Bolsonaro continua vivo, enquanto o Lulismo terá que se reinventar!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

     

    Email: [email protected]

     


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