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  • Contato Brasil, 20 de abril de 2024 03:35:42
Genésio Jr.
  • 13/09/2020 14h47

    Pode vir uma alternativa?!

    Os partidos do centrão não tem coração, só tem cérebro!

    Vai surgir alternativa( Foto: Intelligentsia Discrepantes)

    (Brasília-DF) Na quarta-feira,16, se encerra o prazo das convenções partidárias para os candidatos nas eleições municipais deste ano. Na prática, até 26 de setembro se pode fazer o registro das candidaturas. Uma eleição em tempos especiais, certamente deve nos legar consequências especiais.

    Uma eleição sem coligações proporcionais, o que está obrigando uma grande número de candidaturas majoritárias e proporcionais em vários partidos.

    As eleições municipais são, por hábito, fundamentais para montar as eleições nos parlamentos, seja Congresso, seja nas Assembleias Legislativas. A eleição surpreendente, em onda, do presidente Jair Bolsonaro serviu para que essa máxima ficasse mais estrondosa. Muito, equivocadamente, avaliavam que as eleições municipais poderiam repetir o que se visu nas eleições de 2018. Já vimos que isso não vai acontecer.

    O Presidente Jair Bolsonaro não tem partido, não incentivou candidaturas, viveu maus momentos e agora que está melhor, os partidos do Centrão, que não tem coração, só cérebro, tendem a se aproveitar da proximidade do Presidente Jair Bolsonaro e do bônus do auxílio emergencial.

    Nessa reta final da pré-campanha, os partidos de esquerda que viviam um momento anímico e que não conseguiam polemizar com esse novo Bolsonaro deram sinais que estão buscando seus caminhos.

    O Partido dos Trabalhadores está tendo muitas dificuldades com candidaturas nas grandes capitais brasileiras, além de Rio e São Paulo, não aparece competitivo nas capitais nordestinas, onde os partidos de esquerda tem o suporte dos governos estaduais. O PC do B, que tinha a prefeitura de Aracaju, agora tenta ir para o segundo turno em São Luís, do Maranhão. Há algumas parcerias do PT com o PC do B, mas não como no passado. O Psol, que deseja ser o novo PT, também tem problemas.

    O que chama atenção nas esquerdas são os movimentos do PSB com o PDT, que já vem com um candidato à Presidência da República.  Eles vão juntos em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Rio Branco, Juiz de Fora, Uberlândia e em diversas outras cidades. 

    As esquerdas sabem de suas dificuldades. Essa divisão no campo das esquerdas poderia ser um sinal que ajuda mais ainda os interesses dos ultras, mas isso não é uma verdade óbvia. Tradicionalmente, as vitórias de Lula e Dilma contaram com uma ação coordenada que uniu as esquerdas. É bom lembrar que Dilma quase não foi para o segundo turno em 2014, pois deixou de contar com o PSB, à época com Marina Silva após a morte trágica de Eduardo Campos.

    Depois da eleição impressionante de Jair Bolsonaro não dá mais para traçar a obviedade de que as esquerdas precisam marchar unidas. Se essa parceria de PSB e PDT tiver êxito ,pode ser o caminho que vai obrigar a centro-esquerda montar um novo diálogo nacional.

    Hoje, Bolsonaro, que está colocando muita desconfiança no mundo econômico, que o apoiou em massa no segundo turno de 2018. Bolsonaro sinaliza que pode jogar ao mar setores econômicos em nome de seus projeto de reeleição.

    A nova esquerda precisa contar com a formação e uma nova cara, um novo perfil. O petismo é muito forte, mas hoje é mais para si próprio do que para a formação de uma alternativa nacional ao ultra conservadorismo de Bolsonaro, que hoje conta com o oportunismo de parte do campo conservador, que se serve do bolsonarismo.

    Vamos ter que esperar as urnas abertas em novembro, não só no Brasil, mas nos Estados Unidos!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    Email: [email protected]


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