• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 26 de abril de 2024 22:37:51
Magno Martins
  • 09/09/2019 07h41

    As lições de Moura Cavalcanti

    Além de ser fomentador de quadros políticos, como Gustavo Krause, José Jorge e Joaquim Francisco, dentre outros, exerceu o poder na sua plenitude

    Moura Cavalcanti( Foto: arquivo do colunista)

    (Recife-Pe) Alçado ao poder pelas mãos do ex-presidente Médici, a quem serviu como ministro da Agricultura, sendo depois nomeado governador de Pernambuco pelo ex-presidente Ernesto Geisel, Moura Cavalcanti, se estivesse vivo, completaria 40 anos do seu afastamento da vida pública.

    Sua passagem pelo poder deixou muitas lições.

    Além de ser fomentador de quadros políticos, como Gustavo Krause, José Jorge e Joaquim Francisco, dentre outros, exerceu o poder na sua plenitude. Governou com excesso de tinta no tinteiro. Para exibir o poder, andava de batedores.

    Quando Joaquim, seu sobrinho xodó, assumiu o Governo dando muitos poderes ao então secretário Roberto Viana (Casa Civil), Moura mandou um recado inusitado da sua insatisfação: por um portador, chegou às mãos de Joaquim uma caixa de caneta Bic.

    O recado foi assimilado e por pouco tempo Viana foi perdendo espaços para Joaquim governar de fato. Moura governava sem ser tutelado. Era assim que queria ver o sobrinho-governador.

    O mais exitoso – De todos os seminários “Todos por Pernambuco” no Governo Paulo Câmara, a versão deste ano é a mais elogiada. Teve a coordenação direta do secretário Antônio Figueira, que cuida, pessoalmente, da comunicação, infraestrutura e mobilização do evento. O conteúdo foi definido em conjunto com Alexandre Rebêlo (Seplan). Já atraiu 15 mil pessoas. Falta a Zona da Mata.

    Vá entender! – Bolsonaro escolheu Augusto Aras Procurador Geral da República para esmagar Sérgio Moro, comprometer a Lava Jato e proteger o filho Flávio. Vai depender da PGR o andamento das falcatruas do herdeiro. Aras chamava Dilma de “minha presidenta”, elogiava o MST e era fiel aos sonhos de Che Guevara. Isso sem falar da sua postura crítica à Lava Jato.

    Horror – A violência está tirando o sono da população de Caruaru. E até os políticos sofrem na pele. No último fim de semana, o ex-presidente da Câmara Vereadores, Leonardo Chaves (PDT), do grupo do deputado José Queiroz, teve sua casa arrombada no bairro de Indianópolis, um dos mais chics da cidade. Os bandidos renderam seu filho com a namorada e levaram vários pertences.

    Desaguadouro – O gabinete do líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB), tem sido o refúgio de muitos prefeitos à cata de ver a cor do dinheiro de Bolsonaro. Até socialistas fiéis, como Ana Célia, de Surubim, já foram vistos apertando a mão de FBC e provando do seu doce café.

    Lá vem ele – O ex-prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (PTB), deu o seu grito de candidato a prefeito numa longa entrevista ao companheiro João Ferreira, da Itapuama FM. Esclareceu todas as acusações que pesam contra ele, disse que nunca foi condenado e que seu direito é seguro.

    Soltou – Sobre a imagem de conservador impregnada em Moura Cavalcanti, o jornalista Aldo Paes Barreto, seu ex-secretário de Imprensa, desmistifica. Lembra que ele mandou soltar o jornalista Carlos Garcia, torturado na prisão, interferindo junto ao então todo-poderoso General Milton Tavares.

    Perguntar não ofende: Com Aras na PGR, Bolsonaro engessou a Lava Jato para proteger o filho Flávio, senador da República?


Vídeos
publicidade