• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 26 de abril de 2024 10:00:48
Magno Martins
  • 04/09/2019 11h34

    Espaço de Felipe era de João

    Da bancada de Pernambuco, o único deputado que se manifestou contra qualquer tipo de punição e votou contra o relatório foi Gonzaga Patriota.

    João Campos e Felipe Carreras( foto: arquivo do colunista)

    (Recife-PE) Quando o comando do PSB estadual lançou o então empresário de entretenimento Felipe Carreras em 2014, a deputado federal, seria em tese, para segurar a vaga destinada a João Campos, que só viria a postular em 2018. Felipe foi grande amigo de Eduardo Campos, considerado membro da família.

    Mas em 2018, já na Câmara, decidiu seguir na vida pública e passou a almejar os mesmos objetivos do herdeiro de Eduardo: deputado e depois candidato a prefeito do Recife. Ainda nas eleições de 2018, Carreras travou uma disputa silenciosa com João para ver quem seria o mais votado no Recife.

    Perdeu a disputa por pouco, mas o PSB, logo após a eleição, sinalizou que o candidato a prefeito seria João. Mostrando independência e ocupando seus espaços políticos, Carreras passou a votar contrário às recomendações do partido, abrindo fogo contra o presidente Carlos Siqueira, por considerá-lo seu algoz na punição pela suspensão das suas atividades partidárias.

    O papel de Tadeu – A recomendação original do relator do PSB no Conselho de Ética, ex-deputado Domingos Leonelli (BA), arraesista histórico, se deu pela expulsão dos dez deputados que traíram o partido. Antes do julgamento, entretanto, o líder do partido na Câmara, Tadeu Alencar, teve papel fundamental para dar uma reviravolta, mas ainda não como ele queria: suspensão por apenas seis meses e não 12.

    Solidário – Da bancada de Pernambuco, o único deputado que se manifestou contra qualquer tipo de punição e votou contra o relatório foi Gonzaga Patriota. “Sou contra qualquer tipo de perseguição partidária”, justifica ele. O deputado Júlio Delgado (PSB), que também era voto contrário, mas teve que sair do encontro antes da votação, não teve seu voto em separado acatado.

    Demanda – Mesmo na planície, o ex-ministro Armando Monteiro Neto (PTB) não tem conseguido dar conta da sua agenda política, tamanha a demanda de deputados, prefeitos, ex-prefeitos e lideranças pedindo audiência. Já no plano nacional, recebe no próximo mês o reconhecimento da Câmara com a Medalha do Mérito Legislativo pelos três mandatos na Casa e um no Senado.

    Paparico – O telefone do deputado Felipe Carreras tem mais tocado do que plantão de delegacia de polícia. Ontem, foi surpreendido por uma ligação do líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho. Agendaram uma conversa tête-à-tête para os próximos dias na corte, bem longe do Estado.

    A favor – A retomada do projeto de instalação de uma usina nuclear em Itacuruba, no Sertão, anunciada ontem pelo senador Fernando Bezerra, agradou a gregos e troianos. Em Brasília, Gonzaga Patriota (PSB) deu respaldo e na Assembleia quem bateu palmas foi Alberto Feitosa (SD), majoritário em Itacuruba.

    CONTRA – Já o professor Heitor Scalambrini, representante da Articulação Antinuclear Brasileira, é contra a escolha de Itacuruba. “Se houver um vazamento de material radioativo no rio São Francisco, 20 milhões de pessoas, que dependem de suas águas em 506 municípios, serão fortemente atingidas”, alertou.

    Perguntar não ofende: Vai fazer falta ao PSB os R$ 15 milhões do fundo eleitoral que pode perder se os dez deputados deixarem a legenda?

     


Vídeos
publicidade