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  • Contato Brasil, 29 de abril de 2024 07:14:41
Genésio Jr.
  • 17/09/2023 12h35

    Para salvar o bom conservadorismo!

    O Brasil, goste você ou não, se transformou num dos grandes laboratórios disso tudo

    Como salvar o bom consevadorismo? ( Foto: Ytria)

    (Brasília-DF) Não precisa fazer pesquisa alguma para sabermos que a maioria das pessoas são conservadoras. É natural que as pessoas evitem mudanças em suas vidas. As pessoas querem tranquilidade, mesmo que sejam montadas em situações nada perfeitas, porém minimamente aceitas. As pessoas querem conservar suas famílias, seus empregos, seus hábitos, suas vidas...

    As Nações Unidas que fazem nesta semana a chamada sessão de Assembleia Anual não esconde, através de suas várias entidades conjuntas, que o maior desafio da democracia é lidar com a falta de entendimento dos jovens sobre o que é a democracia, até porque, por serem mais afeitos as redes sociais - são os mais visados nas chamadas notícias falsas ou desinformação.

    Aqui no Brasil, pesquisa divulgada nesses dias da “A Cara da Democracia”, feita com 2.558 entrevistados pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT) no fim de agosto mostrou que a maioria se diz contra a legalização do aborto (79%), contra a descrimina lização do uso de drogas (70%) e a favor da redução da maioridade penal (65%). Em média, segunda a pesquisa, tanto simpáticos do presidente Lula como bolsonaristas de carteirinha, se assemelham no apoio a esses temas.

    No julgamento dos primeiros vândalos e golpistas que executaram os atos do 8 de Janeiro, muita gente que não gosta dos superpoderes, avaliou que se deveria dar penas brandas para aqueles que atuaram por tamanhas depredações, especialmente na Suprema Corte.   Ora bolas, não é porque não se gosta da cara de picareta de Richard Wagner que foi abominar sua obra fantástica.

    O conservadorismo vive no Brasil, e em boa parte do Mundo, uma encruzilhada em lidar com sua preservação de vontades e se deixar levar contra as alternativas menos civilizatórias. 

    Em nome do bom conservadorismo, que mantém alguma ordem, não podemos menosprezar as minorias que a cada diz são protagonistas sociais.  Não podemos, em nome do bom conservadorismo, imaginar que é aceitável algum tipo de ditadura, breve, brevíssima que seja, para garantir que se conserve determinadas coisas e vontades.

    Vivemos uma situação bastante complexa. Situações limite como essas justificam que 25% dos brasileiros vejam o ex-presidente Jair Bolsonaro como uma referência inabalável para suas convicções.  Essa turma prefere não reconhecer suas características públicas, do bolsonarismo, que vão contra várias conquistas civilizatórias e que não comungam com o bom conservadorismo, que geraram grandes lideranças, especialmente no século 20.

    Não é o caso de esmiuçar cada uma das características que foram postas a todos nós nos últimos anos, não se busca aqui isso. Até porque o mesmo se poderia fazer e tratar dos equívocos e erros cometidos por sua antípoda, o Lulismo.

    O que está em discussão é o futuro do bom conservadorismo que garantiu a democracia, a liberdade de opinião, ideias e de imprensa, que gerou a classe média como busca econômica global.

    O Brasil, goste você ou não, se transformou num dos grandes laboratórios disso tudo. Somos um dos países gigantes, em tamanho e população, que enfrenta o dilema do bom conservadorismo. Não tenha dúvidas, o que fizermos por aqui terá grande importância para o globo, da mesma forma que somos a potência da nova economia verde.

    Será que o sucesso dessa nova economia poderá salvar a nossa democracia e o bom conservadorismo?! Boa pergunta!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    e-mail: polí[email protected]

     

     


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