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Genésio Jr.
  • 06/08/2023 12h57

    Lula tem o seu maior desafio com o povo amazônico!

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    Imagem noturna do Hangar, em Belém, onde vai se dar a "Cúpula da Amazônia"( foto: Agência Pará de Notícias)

    (Brasília-DF) Nessa sexta-feira, 4 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na cidade de Parintins, no Amazonas - onde fez vários anúncios com destaque para o retorno do programa ”Luz para todos”, fez a seguinte declaração, entre outras:

    “A gente não quer transformar a Amazônia em um santuário. A gente quer cuidar de cada animal, igarapé, de cada flor, mas sobretudo quero cuidar do povo amazônico. Nós vamos fazer o que precisa ser feito. Não aceitaremos garimpo ilegal em terras públicas, não aceitaremos madereiro ilegal. Ninguém é dono de uma árvore de mogno que tem 300 anos, ela é um patrimônio da humanidade”, disse.

    Lula ganhou as eleições no Amazonas com 2,2% de maioria sobre o então presidente Jair Bolsonaro com 51,10% contra 48,20% dos votos.  No primeiro turno, a vitória tinha sido maior, Lula ficou com 49,58% dos votos contra 42,80% dados a Bolsonaro.

    Desde 2017, o antagonismo ao petismo vem crescendo no Norte e na Amazônia. Com a crise da Dilma Rousseff, em que chegamos a uma recessão de 7,4% entre 2015 e 2016, as contas nacionais apontam que no Norte do Brasil a “queda” foi bem maior. O PIB do Amazonas caiu -5,4% em 2015, acima da queda na média nacional. O Amapá, outro estado do Norte e da Amazônia, a queda foi de -5,5%, a maior queda do país.

    Também em 2015, Roraima ficou em - 0,3%, Tocantins recuou - 0,4% e o Pará em- 0,9 %.   Em 2016, o PIB do Amazonas recuou -6,8% a maior queda entre todas as unidades federadas.

    O Bolsonarismo cresceu na Amazônia e no Amazonas dizendo que a esquerda cuidava da mata e não cuidava do homem. A ideia se alastrou tanto que nessa última eleição de 2022, foram eleitas uma mulher negra e uma indígena pelo PL de Bolsonaro, ambas falando isso. A indígena fala mais, diz que as esquerdas querem o povo da Amazônia pobre ao não permitir a exploração mineral em terras indígenas.

    Lula sabe de boa parte do que mostramos aqui. Lula ao dizer que não quer transformar a Amazônia em santuário, que deseja cuidar do povo amazônico busca convencer esse povo que é possível se desenvolver, bem, sem devastar a natureza amazônica.

    Desde sexta-feira, 04, estão se realizando os chamados “Diálogos Amazônicos” colocando que é possível o sócio desenvolvimento com bioeconomia, com a rastreabilidade, com o turismo, entre outras atividades que garantam a floresta em pé em tempo de ESG (siglas em inglês para meio ambiente, responsabilidade social e Governança).

    Lula ficará em Belém, no Pará, por boa parte da semana em face da “Cúpula da Amazônia”. São muitos desafios: convencer a gente cabocla da Amazônia que é possível mudar de vida contra tudo o que eles se acostumaram a fazer por quase três séculos - destruir, ocupar e explorar

    Enfrentar isso é muito mais que enfrentar o bolsonarismo econômico, que é possível vencer com crescimento e politicas públicas.

    Lula chama atenção do mundo com suas ideias e posturas sobre a Amazônia e o meio ambiente, mas é fundamental que ele realize a missão de colocar na cabeça das pessoas amazônicas que existem possibilidades reais de alcançar a felicidade social, se isto existe, sem precisar sempre do Estado para lhe dar suporte.

    Quando olhamos para os vários brasis é que notamos que os desafios são e precisam ser muito mais que peças de retórica. Isso é política!

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    E-mail: [email protected]  

     

     

     

     


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