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  • Contato Brasil, 26 de abril de 2024 23:52:17
Genésio Jr.
  • 04/06/2017 15h03

    Entre o fogo e a caldeirinha!

    O Presidente Temer já deixou claro que vai à luta e não vai deixar o posto. Se cercou de advogados, e juristas, bons de briga.

    Rodrigo Rocha Loures e Michel Temer nos bons tempos) Foto: blog do Esmael)

    (Brasília-DF) A crise política ganha pernas, ágeis e serelepes!  É inegável que com a prisão no sábado último do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que foi assessor próximo do Presidente Michel Temer - por conta da delação de Joesley Batista, da J&S, criou um novo fator para as dificuldades do Presidente da República.

    Isso mexe com a situação do País como um todo, visto que a crise política, inegável, impede que saíamos mais rapidamente da crise econômica, até porque a crise ética ainda está longe de uma saída.  A possibilidade de Rocha Loures fazer uma delação premiada que, poderia atingir diretamente o Chefe de Governo e de Estado - passou a ser o fator decisivo, apesar de nesta semana se iniciar no Tribunal Superior Eleitoral(TSE) o julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer.  Muito vem se dizendo e tratando como, e em que condições, isso pode se dar.  Vamos tratar aqui sobre como a elite política nordestina, que votou favorável, e foi decisiva, para o Impeachment de Dilma Rousseff, e, ao tempo, fundamental para a montagem do Governo do Presidente Temer - poderá se comportar nos próximos dias.

    Partidos como o PSDB, Democratas, PP, PR, PPS e PSB têm nordestinos no Governo.  O Presidente Temer já deixou claro que vai à luta e não vai deixar o posto. Se cercou de advogados, e juristas, bons de briga. Nesta semana que se inicia, justo no dia do início do julgamento da chapa Dilma-Temer, logo na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara(CCJ), será lido um expediente em que 32 deputados vão oficializar perguntas ao ministro Edson Fachin - relator da Lava Jato no Supremo, que cuida do caso JBS-Temer – que pedem luz sobre a possibilidade do ministro do Supremo ter tido apoio de um delator da JBS para chegar onde chegou, o STF.   Partidos de centro, como PP, PR, PSD,  estão sendo fundamentais para esse movimento.

    A classe política nordestina manda no Congresso, que manda nesse governo e poderá ser mais decisiva ainda se o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, denunciar o Presidente Temer por crime de corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa. Quem garante o afastamento do presidente do cargo por até 180 dias é o Congresso.  A elite política nordestina vai enfrentar grandes desafios nas eleições de 2018. É bom lembrar que a sonora maioria de seu eleitorado é contra esse governo, contra as reformas e a favor da saída de Temer, porém essa elite política tem outro grave problema pela frente.  A candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência.

    Para essa turma, pior que lidar com os problemas de Temer seria ter que encarar uma eleição duríssima sem ter condições de intermediar um processo eleitoral nacional.  Se Lula for candidato, essa elite política não terá garantias de que fará esse meio de campo. O ex-presidente Lula tem no Nordeste uma comunicação direta com grande parte do eleitorado. Ele não vai precisar dos políticos e teria condições de ajudar a fazer uma bancada de partidos de esquerda. Os movimentos de Lula no Nordeste limitam as ações do políticos.

    É bom lembrar que além dos 151 deputados federais e mais de duas centenas de deputados estaduais vale incluir dois terços dos 27 senadores, que são eleitos pela região onde nasceu o Brasil. O que seria pior para eles, segurar Temer ou ter que enfrentar um Lula enraivecido.

    Parece que os senhores e senhoras do Nordeste estão entre o fogo e caldeirinha!  

    Por Genésio Araújo Jr, jornalista

    e-mail: [email protected]

     


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