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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 13/04/2018 11h24

    O discurso pessimista do “se”

    A crise que vivemos é uma espuma formada por aqueles que estão ou foram apeados do poder

    Democracia é voto e falar que não haverá eleições é compartilhar pessimismo/Arquivo/Obvious Lounge

    Vira e mexe tem alguém comentando sobre as eleições de outubro. É bom porque estamos a seis meses do pleito e é importante discutir ideias, e não apenas nomes. Ocorre que nestas circunstâncias em que nos encontramos, “só” discutimos sobre nomes. E nestas conversas não são poucos em expressar a dúvida sobre “se” as eleições ocorrerem.

    Sinceramente acho um desserviço ampliar um discurso que interessa a poucos. O “se” serve mais para criar um clima de expectativa negativa. Oras, por que o “se”?

    Entre as inúmeras previsões pessimistas nos últimos tempos na área política, nenhuma delas acabou realmente ocorrendo. “Ah, se prender fulano, vai ocorrer isso"; “ah, se cicrano for condenado, o país para”; “ah, se aquele cara sair do governo será um caos”. Me poupem.

    O Brasil (o brasileiro, bem-dito) deu provas que o país é muito grande em todos os sentidos. A crise que vivemos é uma espuma formada por aqueles que estão ou foram apeados do poder. Quantos são? 400, 500, 1 mil? E somos quantos brasileiros? 206 milhões nas contas do IBGE de 2015. É muita gente para dar valor a essa minoria.

    Sempre digo que esta crise é uma briga de cachorros que integram gangues que se dividiram e agora brigam por espaços, uma guerra do colarinho branco como ocorre com as quadrilhas do crime comum.

    A população - o cidadão - aquele que paga impostos e sustenta esta máquina inerte e inoperante, quer seguir seu caminho. Trabalhar, estudar, tocar a vida e, quem sabe, garantir um futuro melhor.

    Os políticos, esses seres estranhos, estão no mundo da Lua como mesmo admitiu um deputado.

    Falar que as eleições podem não correr em outubro é cerrar fileira ao lado de um grupo que só deseja a discórdia, que se alimenta da miséria e se locupleta no confronto.

    Precisamos ser mais otimistas e acreditar que só a democracia, o voto do eleitor, pode transformar nossa pátria. Nosso encontro é com as urnas e, também, ficar vigilantes para o que ocorre com os Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. Não é só em Brasília, mas fiscalizar o que ocorre nas nossas cidades.

    Se escolhermos bem, essa crise vira fumaça.


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