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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 26/12/2016 13h31

    Continuaremos no mesmo “batidão” de 2015

    Se prepara porque 2017 não vai descanso, embora haja uma ponta de esperança no canto do coração

    Fogos de artifício na virada do ano em Brasília/Arquivo/Divulgação

    Bom, estamos a uma semana do final do ano. Período de relatórios das atividades do ano que termina e, naturalmente, desenhar no papel o que imaginamos para os próximos 365 anos.

    É tempo de esperança. Sabemos que o futuro não será de dias fáceis, mas sempre é bom olharmos para o lado bom.

    Apesar de toda a crise que enfrentamos e, em alguns casos poderá ficar pior, o nível de otimismo do brasileiro é um pouco melhor. Na metade de 2015, o baixo astral era enorme. Maior se comparado com o humor do brasileiro quando Collor de Mello sequestrou a poupança, há mais de 22 anos.

    Em 2015 e 2016, a grande preocupação era com a economia. E será com 2017. Por isso se diz que 2017 será um ano que não terminou, assim como foi em 2016 e como no livro-reportagem de Zuenir Ventura. “1968 - O ano que não” terminou traz de volta um período crucial da história brasileira, "no qual se ergueriam lealdades e bandeiras que, às vezes um pouco desbotadas, ainda se encontram no cenário político".

    E o cenário político dos últimos 730 dias colocou nas ruas milhares de cidadãos. No ano passado, 7 milhões de brasileiros foram às ruas num único dia. A maior manifestação de verde e amarelo de todos os tempos. A Operação Lava Jato no embalo. Um só coro contra a corrupção, que se refletiu nas eleições de outubro e deve influir também no pleito de 2018.

    Em agosto de 2015, se antevia uma grave crise nos estados. De acordo com o site Contas Abertas, dentre os 23 estados que entregaram relatórios de gestão do primeiro quadrimestre ao Tesouro Nacional, a maioria já apresentava despesas com pessoal no “limite de risco” estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Neste ano, vimos a crise concreta e cruel no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Outros 14 estados tiveram dificuldades em pagar o 13ª. salário. E uma dezena corre contra o tempo para cortar despesas.

    Terminou 2015 e a economia continuava não indo nada bem. Escrevi em dezembro daquele ano que os sinais da tempestade poderiam ser vistos antes mesmo das eleições de 2014. E as perspectivas de 2016 não seriam boas. 

    Logo no início de janeiro de 2016, observamos que 1% dos trabalhadores com carteira assinada perderiam seus empregos a cada mês. Hoje, são 12 milhões de trabalhadores sem carteira assinada - 23 milhões com emprego precário. Estudos do Ipea preveem que nesta área, infelizmente, a situação deve piorar.

    Comentamos à época sobre a política: “Não há grande esperança. Fevereiro, após o Carnaval, promete agitar o Congresso Nacional e por extensão o Executivo e o Judiciário. Enfim, 2016 promete”.

    E como sabemos que os problemas não terminam no próximo sábado, dia 31, podemos cravar: “Enfim, 2017 promete”.


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