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Humberto Azevedo
  • 23/03/2023 19h54

    Com votação em 804 municípios mineiros, Célia Xakriabá promete exercer mandato pelas águas e pela vida

    Parlamentar pessolista, eleita com mais de 100 mil votos em 2022, disse ainda lutar em substituir a mineração que “rói as montanhas, mata as pessoas, os rios” por mais “mulheres em ação”

    Deputada Célia Xakriabá durante sessão da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários realizada na última semana onde foi indicada e eleita presidenta do colegiado

    Com votação em 804 municípios mineiros, a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) prometeu exercer o seu mandato pelas águas e pela vida. “A nossa principal frente de atuação no estado de Minas Gerais e no Brasil é a questão ambiental e territorial”, falou.

     

    Segundo ela, o “saldo eleitoral” da sua eleição demonstra que foi eleita para ser a voz das comunidades dos povos originais e quilombolas de Minas Gerais. A parlamentar pessolista mineira, eleita com mais de 100 mil votos em 2022, disse ainda que seu mandato vai lutar por substituir a mineração que “rói as montanhas, mata as pessoas, os rios” por mais “mulheres em ação”.

     

    “[Em Minas], são 853 municípios e eu fui eleita em 804 municípios. Sou a terceira mulher mais bem votada no estado. Sou a única deputada do Norte de Minas Gerais, que venho de povos tradicionais e que é afetada diretamente pelos conflitos ambientais e territoriais. E, agora, como feito importante, sou membro também de uma comissão externa, que é presidida pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), e na qual sou sub-relatora de povos tradicionais entendendo a emergência e a urgência de pensar porque quando estamos falando de todo o processo de violência dos impactados pela mineração, nós estamos falando do racismo ambiental por [qual] 68% das comunidades [se encontram] em situação de vulnerabilidade no estado de Minas Gerais”, comentou.

     

    “Em Minas Gerais são mais de mil comunidades quilombolas e estamos fazendo este enfrentamento e esta luta para que se escute também os atingidos e nós não podemos curar o mal com a mesma enfermidade. Nós não podemos curar o mal com rodoanel, rodominério. E as pessoas falam que é a mineração que sustenta Minas Gerais. Na verdade, a mineração não representa mais do que 4% PIB brasileiro. E a cultura representa mais de 7% e nós falamos que contra mineração somente mulher em ação”, complementou.

     

    “E [quando] nos perguntam ainda, enquanto povos indígenas, se nós somos primitivos como gente, eu digo que quem é primitivo é a mineração. Então o [nosso] compromisso ambiental é um compromisso com toda a população e um compromisso com o planeta. E foi isso que decidiu a nossa eleição no estado de Minas Gerais, quando as pessoas falavam: eu estou votando em você porque votar em você é votar pelas águas e pela vida”, finalizou.


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