DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil destaque para relatório de política monetária (RPM) do Banco Central
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(Brasília-DF, 18/12/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da CP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil destaque para o relatório de política monetária (RPM) do Banco Central, que deve detalhar as projeções para a inflação da instituição monetária.
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Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,4%; Nasdaq 100: +0,7%), enquanto investidores aguardam a divulgação do CPI de novembro, com expectativa de alta de 3,1% na comparação anual. O movimento ocorre após uma sessão negativa, marcada por forte pressão sobre ações ligadas à inteligência artificial, com o Nasdaq recuando -1,8% e acumulando sua quarta queda consecutiva. O sell-off foi intensificado por notícias envolvendo projetos de data centers da Oracle, reacendendo preocupações com o elevado capex do setor.
Na Europa, as bolsas operam alta (Stoxx 600: +0,3%), marcadas pela expectativa de decisões de política monetária. O destaque fica para o Banco da Inglaterra, com expectativa de corte de 25 bps após a inflação do Reino Unido vir abaixo do esperado. Na frente corporativa, ações de energia e tecnologia operam mistas, com BP levemente em alta após anunciar mudança no comando, enquanto ASML e ASMI avançam apesar do aumento da aversão ao risco observado nos EUA.
Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: -0,6%; HSI: +0,1%), com ações de tecnologia devolvendo parte dos fortes ganhos recentes após IPOs no setor. O movimento ocorre em meio à cautela antes do CPI dos EUA e à expectativa pela decisão do Banco do Japão, que pode elevar juros para o maior nível em três décadas. O Nikkei 225 recuou -1,0%, pressionado por perdas expressivas em SoftBank e outras empresas ligadas à cadeia de semicondutores, enquanto o Kospi caiu 1,5%.
IBOVESPA -0,79% | 157.327 Pontos. CÂMBIO +1,09% | 5,52/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira (17) em queda de 0,8%, aos 157.327 pontos, em linha com o desempenho negativo dos mercados globais (S&P 500, -1,2%; Nasdaq, -1,9%). Domesticamente, o cenário político segue contribuindo para um ambiente de maior cautela entre os investidores à medida que as perspectivas para as eleições presidenciais de 2026 se tornam mais relevantes.
Entre os destaques positivos do dia, Brava (BRAV3, +3,7%) ampliou a alta do pregão anterior (+2,5%), repercutindo notícias sobre uma possível venda de três poços de gás para a Eneva (ENEV3). Posteriormente, no entanto, a companhia negou a existência de negociações em andamento. Na ponta negativa, Direcional (DIRR3, -4,3%) recuou com o início da negociação “ex-dividendos” das ações da companhia.
Para o pregão desta quinta-feira ,18, o foco do mercado estará na divulgação dos dados de inflação ao consumidor de novembro nos Estados Unidos (EUA). Além disso, teremos as decisões de política monetária na Zona do Euro, no Reino Unido e no Japão.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a quarta-feira com forte abertura ao longo da curva, refletindo maior aversão ao risco político. No Brasil, a incerteza em torno das eleições segue pressionando os mercados, gerando inclinação na curva e reforçando a expectativa de manutenção da Selic em 15% na reunião de janeiro. O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,3 bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,82% (+14,3 bps); DI jan/29 em 13,33% (+23,1 bps); DI jan/31 em 13,64% (+24,9 bps). Nos Estados Unidos, os rendimentos das Treasuries de longo prazo avançam, enquanto os de curto prazo permanecem praticamente estáveis. O movimento ocorre em meio às tensões geopolíticas após a decisão do presidente Donald Trump de impor bloqueio total às exportações de petróleo da Venezuela, o que intensifica preocupações e sustenta a alta do petróleo e dos metais, diante da busca dos investidores por ativos considerados mais seguros. Assim, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,484% (- 0,61 bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,1587% (+1,81 bps).
IFIX
O IFIX encerrou a quarta-feira em queda de 0,12%, pressionado pela abertura da curva de juros, movimento que reflete a maior cautela dos investidores diante do cenário político. No desempenho setorial, os fundos de tijolo recuaram 0,20%, uma vez que o segmento tende a ser mais sensíveis às oscilações da curva, enquanto os fundos de papel registraram queda de 0,09%. Entre as maiores altas do pregão, destacaram-se KIVO11 (+3,0%), BTAL11 (+1,8%) e RBRP11 (+1,5%). Já entre as principais quedas, figuraram URPR11 (-3,2%), BRCO11 (-1,5%) e TRXF11 (-1,3%).
Economia
O Senado aprovou o PLP 128/2025, que reduz gastos tributários e eleva impostos sobre bets, instituições financeiras e JCP — medidas que devem gerar R$ 20,3 bilhões em arrecadação e ajudar no cumprimento da meta fiscal de 2026. Na agenda doméstica desta quinta, destaque para o relatório de política monetária (RPM) do Banco Central, que deve detalhar as projeções para a inflação da instituição monetária.
Lá fora, os mercados estão atentos aos dados de inflação nos EUA e às decisões de juros no Reino Unido e na Zona do Euro. Nos EUA, projeta‑se que o CPI de novembro suba levemente para 3,1% em 12 meses, enquanto o núcleo permaneça em 3%. No Reino Unido, o Banco da Inglaterra deve realizar mais um corte de juros, levando a taxa para 3,75% após forte desaceleração inflacionária e fraqueza econômica. Em contraste, o Banco Central Europeu deve manter seus juros estáveis, já que o crescimento da Zona do Euro superou expectativas e a inflação permanece próxima da meta de 2%, sustentada especialmente por serviços.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)