DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil sem índices relevantes a serem divulgados após recorde na B3
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(Brasília-DF, 03/12/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil não haverá divilgação de índices econômicos relevantes depois de um dia de recorde na B3.
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Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,1%) após a recuperação das principais bolsas na véspera, com valorização do bitcoin e retomada de grandes nomes de tecnologia. Entre os destaques, Marvell Technology avançou mais de 10% no pós-mercado após projetar crescimento em data centers, enquanto American Eagle subiu mais de 10% com otimismo para a temporada de fim de ano. Investidores seguem avaliando o potencial de um rali de fim de ano, apoiado por expectativas de corte de juros pelo Fed na reunião de 10 de dezembro e pela resiliência do mercado de trabalho, com foco no relatório de emprego da ADP desta manhã.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,3%) acompanhando o movimento positivo global. O destaque é a espanhola Inditex (dona da Zara), cujas ações sobem cerca de 8% após reportar crescimento de 10,6% nas vendas entre novembro e dezembro. A expectativa de corte de juros pelo Fed também sustenta o apetite ao risco, em um cenário de menor volume de notícias corporativas relevantes na região.
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,5%; HSI: -1,3%), com pressão sobre ações de tecnologia chinesas. O Japão seguiu na direção oposta (Nikkei 225: +1,1%), impulsionado por ações de tecnologia após alta das suas contrapartes nos EUA. SoftBank subiu mais de 6%, enquanto Tokyo Electron e Renesas avançaram mais de 4% e 6%, respectivamente. Na Coreia do Sul, o Kospi ganhou 1% com revisão positiva do PIB do 3º trimestre, e na Austrália, o ASX 200 subiu 0,2% após o PIB registrar a maior alta em dois anos.
IBOVESPA +1,56% | 161.092 Pontos. CÂMBIO -0,01% | 5,34/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a terça-feira em alta de 1,6%, aos 161.092 pontos, superando pela primeira vez na história o patamar de 160 mil pontos. Os dados de produção industrial de outubro vieram abaixo das expectativas, refletindo os impactos da taxa de juros ainda elevada e de restrições do lado da oferta. Dados econômicos indicando desaceleração moderada da economia continuam tendo efeito positivo para a Bolsa por meio da melhora das expectativas com o corte de juros pela frente no Brasil. Além disso, o “trade eleitoral” segue ganhando força, à medida que o mercado começa a direcionar maior atenção ao cenário das eleições de 2026.
Papéis sensíveis aos juros, como CVC (CVCB3, +6,6%), Vamos (VAMO3, +6,5%) e Localiza (RENT3, +4,7%), subiram, repercutindo o fechamento da curva de juros. Na ponta negativa, TIM (TIMS3, -0,7%) recuou, acumulando uma queda de 4,4% em dezembro até agora.
Nesta quarta-feira, destaque para o relatório ADP e o ISM de serviços de novembro nos EUA.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros fecharam em queda ao longo da curva na terça-feira, em meio à desvalorização do dólar e ao desempenho mais fraco da indústria. No Brasil, a produção industrial avançou 0,1% em outubro, abaixo da expectativa do mercado de 0,3%, reforçando o otimismo com o início do ciclo de flexibilização monetária. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,4bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,57% (- 4bps); DI jan/29 em 12,67% (- 8,7bps); DI jan/31 em 12,91% (- 9,6bps). Nos EUA, sem divulgação de indicadores e com o Fed em período de silêncio, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,51% (-1,84bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos apresentam baixa variação, em 4,08% (-0,06bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em alta de 0,22%, impulsionado pelo desempenho dos fundos de papel (+0,40%), dos fundos de tijolo (+0,12%) e dos FOFs (+0,33%). A valorização foi favorecida pelo fechamento da curva de juros futura, em meio ao resultado da produção industrial de outubro, que avançou 0,1% — abaixo da expectativa de 0,3% — sinalizando desaceleração moderada da economia. Com esse movimento, o IFIX acumula valorização de 17,71% no ano. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se os fundos PATL11 (+4,6%), URPR11 (+3,7%) e RBVA11 (+3,5%). Já entre as principais quedas, figuraram CPSH11 (-2,7%), VINO11 (-2,1%) e HGLG11 (-1,5%).
Economia
Dados do índice de gerentes de compras (PMI) para o Japão continuaram a mostrar uma economia aquecida. O setor de serviços registrou uma marca de 53,2, acima da linha de 50 pontos que separa expansão de contração pelo oitavo mês consecutivo. O PMI composto, que reúne manufatura e serviços, subiu para 52,0 pontos. Já o PMI da China para serviços caiu de 52,6 em outubro para 52,1 em novembro, atingindo seu nível mais baixo em cinco meses, enquanto o PMI composto caiu de 51,8 para 51,2 no mesmo período. Na Zona do Euro, o PMI composto mostrou subiu a 52,8 em novembro, puxado pela alta dos serviços, marcando o ritmo mais alto de expansão em dois anos e meio. No Brasil, dados de produção industrial desapontaram, mostrando crescimento de apenas 0,1% em outubro, abaixo das estimativas devido a quedas na produção de derivados de petróleo e produtos farmacêuticos causadas por paralisações e restrições regulatórias. Espera-se um crescimento moderado da indústria em 2026, suportado por medidas de estímulo econômico.
Na agenda do dia, destaque para o PMI de serviços e composto dos Estados Unidos, que devem mostrar alguma desaceleração, mas permanecer acima da marca de 50 pontos que separa expansão de contração. Além disso, teremos a divulgação dos dados de emprego no setor privado do ADP, que devem mostrar criação de 20 mil postos em novembro ante 42 mil em outubro. Não há indicadores econômicos a serem divulgados no Brasil.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)