DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em leve alta e no Brasil expectativa da reunião do Copom
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(Brasília-DF, 18/06/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em leve alta e no Brasil expectativa do comunicado final da reunião do Copom do Banco Central.
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Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em leve alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,3%; Dow Jones: +0,06%), com investidores à espera da decisão de juros do Fed e fazendo o monitoramento da escalada do conflito entre Israel e Irã.
As taxas das Treasuries operam próximas da estabilidade (10 anos: -1bp para 4,38%; 2 anos: estável em 3,95%), enquanto o mercado precifica manutenção dos juros na reunião de hoje e aguarda o dot plot e o discurso de Jerome Powell.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única (Stoxx 600: -0,1%), com setores mistos e poucas reações ao acordo comercial entre a sueca Bambuser e a chinesa Alibaba. A ação da Bambuser sobe 75% após o anúncio da parceria para tecnologia de video commerce.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +0,7%; CSI 300: +0,1%), apesar do ambiente geopolítico mais tenso.
Economia
As vendas no varejo dos EUA mostraram queda de 0,9% em maio, um declínio maior que o esperado pelos economistas. Já a produção industrial mostrou leve alta de 0,1% após queda revisada de 0,5% em abril, um resultado também abaixo das expectativas do mercado. No geral, as leituras de varejo e produção industrial de maio continuam mostrando que a economia norte-americana está em processo de desaceleração
IBOVESPA -0,30% | 138.840 Pontos. CÂMBIO +0,22% | 5,50/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira em queda de 0,3%, aos 138.840 pontos, enquanto o mercado segue no aguardo das decisões de política monetária no Brasil e nos EUA que ocorrerão nesta “superquarta“. Os investidores permanecem divididos entre a expectativa de manutenção da Selic em 14,75% ou um aumento de 25 bps para 15,00% na reunião do Copom. Enquanto isso, os mercados globais tiveram um dia negativo (S&P 500 -0,8%; Nasdaq -1,0%), pressionados por uma nova escalada nas tensões no Oriente Médio, após uma série de falas de Donald Trump, com a exigência de uma “rendição incondicional do Irã”.
Como resultado, os preços do petróleo apresentaram forte alta (Brent +5,6%), beneficiando as petroleiras, como Petrobras e Prio (PETR3 +2,9%; PETR4 +2,3%; PRIO3 +2,0%). Na ponta negativa, destaque para as mineradoras, como Usiminas e Vale (USIM5 -6,9%; VALE3 -4,5%), que sofreram com a queda nos preços do minério de ferro (-1,1%) e foram as maiores responsáveis pela queda do Ibovespa.
Nesta quarta-feira, todos os olhos estarão voltados para as decisões de juros do Copom e do FOMC. Além disso, serão divulgados os dados de inflação ao consumidor (CPI) da Zona do Euro referentes a maio.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com abertura nos vértices intermediários e longos da curva. No cenário internacional, a cautela dos investidores se intensificou após notícias indicarem que o presidente Trump considera atacar as instalações nucleares iranianas, inviabilizando a diplomacia com o país persa. No Brasil, o pessimismo internacional resultou na abertura da curva de juros na parte mais longa, mas não foi considerado um fator de alteração na decisão do Copom desta quarta-feira (18).
Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,95% (-2,2bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,38% (-6,7bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,86% (- 0,3bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,24% (+6,5bps); DI jan/29 em 13,54% (+8,6bps); DI jan/31 em 13,66% (+6,3bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira praticamente estável, com leve alta de 0,01%. Com isso, o índice acumula desvalorização de 0,86% no mês de maio. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo registraram desempenhos médios positivos na sessão, com altas de 0,10% e 0,08%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia estiveram PATL11 (+4,7%), GZIT11 (+3,9%) e HCTR11 (+2,2%). Já BLMG11 (-2,6%), HSAF11 (-2,0%) e CCME11 (-1,7%) figuraram entre as principais quedas.
Na agenda do dia, destaque para a decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. Lá fora, a expectativa é de que o Fed mantenha os juros no atual patamar de 4,25% a 4,5%, e os analistas de mercado voltarão suas atenções à entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, em busca de sinais de mudança na orientação da política monetária.
No Brasil, os dados desde a última reunião têm mostrado sinais ambíguos, assim como os discursos dos dirigentes do Banco Central. Nesse sentido, esperamos a manutenção da atual taxa de juros em 14,75%, mas, se houver alta de 0,25%, deve ser a última do atual ciclo. Em nossa visão, os juros devem permanecer nesse patamar até o segundo trimestre de 2026.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real )