Nordestinos pró-FHC.
Senadores nordestinos defendem FHC; Disputa paulista mobiliza outras regiões.
(Brasília-DF,07/10/2004) O discurso do líder do governo no Senado, Aloísio Mercadante (PT- SP), provocou a reação de alguns senadores, especialmente do PFL, que saíram em defesa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O primeiro a falar foi o líder do PFL, José Agripino (RN).
Ele afirmou que em tempo algum, o governo Fernando Henrique teve "o viés autoritário" que este governo tem tido.
"Já imaginou o que o PT faria se o presidente Fernando Henrique propusesse a criação do Conselho Nacional de Jornalismo. Já imaginou o que o PT faria se o presidente Fernando Henrique propusesse a criação da Ancinav (Agência Nacional de Cinema e Audiovisual), para censurar?", indagou o líder. "Este viés autoritário, o governo Fernando Henrique não teve", afirmou.
Sobre a afirmação de Mercadante de que o ex-presidente foi abandonado pelos correligionários, Agripino afirmou acreditar que Fernando Henrique não participou ativamente nas campanhas municipais porque entendeu que é preciso deixar os atores do momento atuarem. Agripino voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter usado o Palácio do Planalto para realizar reunião político-partidária e por ter utilizado recursos públicos para ir a São Paulo pedir votos para a prefeita Marta Suplicy, em uma inauguração de obra pública.
"O presidente Fernando Henrique jamais faria isso", comparou novamente. Para Agripino, a "arrogância do PT" fez com que César Maia, do PFL, saísse vitorioso no Rio, já no primeiro turno, e, "ao que tudo indica", fará com que o candidato tucano, José Serra, ganhe com ampla vantagem
O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), também contestou os números com que o líder do governo, Aloisio Mercadante, comparou o governo Fernando Henrique e o governo Lula. "O PT mostrou mais uma vez que é mestre em utilizar números sem confiabilidade para fazer marketing. Mercadante está mesmo em campanha e resolveu polarizar com Fernando Henrique Cardoso, resolveu polarizar em cima da figura de um estadista que deliberadamente saiu do processo eleitoral e aqui da tribuna é chamado para se engalfinhar, em um discurso extremamente deselegante", afirmou.
Agripino disse ainda que a política econômica do atual governo só está dando certo porque é "a continuidade do que já vinha dando certo". Ele lembrou que o Risco Brasil "foi para a estratosfera" , durante a campanha eleitoral para presidente, por medo do candidato Luiz Inácio Lula da Silva e voltou aos patamares normais quando o mercado percebeu que a política econômica não iria mudar.
Agripino ainda fez um desafio aos ministros do Planejamento, Guido Mantega, e da Fazenda, Antonio Palocci. "Os ministros Mantega e Palocci disseram que tomariam a iniciativa de reduzir os tributos se houvesse aumento da carga tributária. Pois então, estão desafiados", disse o líder, ressaltando os últimos indicadores divulgados, mostrando o aumento da carga tributária brasileira. "Está na hora de eles proporem o que prometeram", cobrou
PIAUÍ - O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) rebateu, há pouco, o discurso em que o líder do PT, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), contestou as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao PT.
Fortes afirmou que, se Mercadante pensa que atacando Fernando Henrique está iniciando sua campanha ao governo do Estado, "está começando muito mal." E acrescentou: "Essa arrogância do senador Mercadante não é nenhuma novidade para nós. Só que ele presta um grande desserviço ao seu partido e à República. Quem planta ventos colhe tempestade. Esse tipo de agressão só vai dificultar as negociações no Congresso.
MARANHÃO - O senador Edson Lobão (PFL/MA) também saiu em defesa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi criticado pelo líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante.
"O presidente Fernando Henrique foi um dos maiores estadistas brasileiros", disse. Ele também endossou as palavras do líder do seu partido, José Agripino, de que a política econômica deste governo só está dando certo porque dá prosseguimento a política iniciada no governo anterior. "Este governo é beneficiário da política econômica de Fernando Henrique", defendeu. Para Lobão, caso o ex-presidente tivesse se engajado nas campanhas municipais, o resultado do PSDB nas urnas, "que já foi muito bom, teria sido melhor ainda".
( da redação com informações do Senado)