Maranhão
Terezinha Fernandes(PT-MA) pede proteção policial para chefe da DRT.
( Brasília-DF,12/05/2004) A deputada federal Terezinha Fernandes( PT-MA), informou através de sua assessoria, que pediu proteção policial para o delegado regional do Trabalho no Maranhão, Ubirajara do Pindaré.
O chefe da DRT teria sido ameaçado de morte, por telefone, no dia 6 de maio. Um homem telefonou para a secretária de Ubirajara do Pindaré deixando o seguinte recado: "O delegado vai viajar, mas dessa viagem ele não volta".
A ameaça presumi-se na nota divulgada pela parlamentar, se referiria a uma série de vistorias programadas pelo delegado do trabalho, entre 9 e 16 de maio, em fazendas nas cidades de Magalhães de Almeida, Barra do Corda, São Felix de Balsas e Buriti Bravo, denunciadas por utilização de mão-de-obra escrava. Outro evento agendado por Pindaré foi o lançamento da Campanha de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo na região de Balsas, no Sul do Estado.
"Em função dos assassinatos recentes de servidores do Ministério do Trabalho Estadual de Minas Gerais em Unai, pedi à Polícia Federal que investigasse as ameaças e disponibilizasse agentes para acompanhar as inspeções em fazendas do Estado, o que foi prontamente providenciado pela Superintendência da Polícia Federal no Maranhão", relatou o chefe da DRT à deputada federal.
Terezinha Fernandes considerou grave o fato do delegado do trabalho ter sido ameaçado de morte e enviou a denúncia a diversas esferas do poder federal, Ministério da Justiça, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria Especial de Direitos Humanos, Departamento de Polícia Federal e Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, além dos escritórios da Organização Internacional do Trabalho e da ONG Justiça Global.
"Pedimos ao ministro da Justiça e à Polícia Federal uma escolta permanente para Ubirajara do Pindaré. Sabemos que ele tem sido incansável na sua luta contra o trabalho escravo e isso está incomodando muita gente poderosa e vingativa. Por isso, a necessidade de reforço na segurança pessoal do chefe da DRT do Maranhão", argumentou Terezinha Fernandes.
