Maranhão.

(Brasília-DF,12/05/2004) A deputada Nice Lobão(PFL-MA), mulher do mais importante aliado do presidente José Sarney(PMDB-AP) no Senado, o senador Edison Lobão(PFL-MA), presidente da CCJ do Senado, não dá tréguas ao governo federal. No informativo do PFL, dessa quarta, que a Politicareal republica, ela crítica o novo mínimo e expõe a surpresa nacional.

 

 

Confira o artigo na íntegra.

 

 

“O salário surpreendente

 

 

Aconteceu o que ninguém esperava! O presidente da República,

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-operário, anunciou o novo salário mínimo de

R$260,00, um aumento de apenas R$20,00.

 

 

Em passado recente, quando o Partido dos Trabalhadores fazia

oposição ao governo FHC, seria inimaginável a aceitação de um valor do salário

mínimo que apenas reajustasse a inflação do período, como acontece agora,

com o PT no governo.

 

 

Uma onda de desalento, frustração e decepção tomou conta da

Nação, dos trabalhadores, dos aposentados e do movimento sindical brasileiro.

A justificativa do governo é a mesma de governos anteriores, tendo como “bode expiatório”

o aumento das despesas da Previdência Social.

 

 

Ao manter intocada a política econômica dos governos FHC, priorizando o ajuste fiscal, o superávit primário e os juros elevados, o atual governo deixa de cumprir os compromissos assumidos na campanha eleitoral, quando o então candidato Lula prometeu dobrar o valor do salário mínimo.

 

 

Desde o meu primeiro mandato, quando integrei a comissão especial que analisou o salário mínimo, advoguei valor igual a 100 dólares, como maneira de resgatar, paulatinamente, o seu poder de compra, evitando a sua defasagem ao longo do tempo.

Inaceitável o artifício de reajuste do salário-família como forma de melhoria da renda de quem percebe salário mínimo.

 

 

Trata-se de uma compensação enganosa para o assalariado brasileiro e uma afronta aos aposentados, que, constitucionalmente, devem perceber o mesmo valor pago aos trabalhadores na ativa.

 

 

Estamos diante de um estelionato eleitoral. A esperança de distribuição de renda, que deve começar com o salário mínimo, está sendo sepultada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

 

A situação da economia brasileira, de estagnação e crescimento ínfimo de elevação do número de desempregados em todas as regiões metropolitanas de ausência de políticas públicas, em especial nas áreas sociais, com a violência ganhando contornos explosivos, nada justifica a decisão governamental de conceder um salário mínimo vergonhoso de R$260,00 a 22 milhões de brasileiros pobres.”

 

 

( da redação com Informativo do PFL, na Câmara)