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- Contato Brasil, 29 de março de 2024 12:37:47
( Publicada originalmente às 17h 00 do dia 12/05/2021)
(Brasília-DF, 13/05/2021) O senador Omar Aziz(PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia no Senado, após efetivo pedido de prisão do empresário e publicitária Fabio Wajngarten por mentir à comissão feita pelo relator, senador Renan Calheiros(MDB-AL), disse que não era carcereiro e não iria atendê-lo.
“ Não sou carcereiro de ninguém. Temos como pedir o indiciamento no relatório para ele ser preso, mas não por mim, e depois que for julgado. Aqui não é o tribunal de julgamento “, disse o senador do PSD.
Renan argumentou que Wajngarten mentiu “descaradamente” em vários pontos de seu depoimento, em atitude que representaria “desprestígio” à CPI. Como Wajngarten falava na condição de testemunha, os atos configurariam flagrante de crime, " disse.
“Se este depoente sair daqui ileso, vamos abrir uma porta que depois vamos ter muita dificuldade para fechar. Se não tomamos decisões diante do flagrante evidente, é óbvio que isso vai enfraquecer a comissão “, afirmou Renan.
O senador Omar Aziz disse que estava salvando a CPI ao não tomar a decisão pela prisão.
“Nenhum de nós sabia disso. Hoje talvez tenha sido o melhor depoimento em termos de informação. Acho que estou salvando a CPI tomando esta decisão. [Renan] pode escrever o que bem entender no seu relatório e vai ser aprovado por este plenário. Mas daí a gente fazer disto aqui um tribunal de prisão, por favor... Não farei isso.”, diss
Calheiros destacou que o artigo 301 do Código de Processo Penal permite que qualquer cidadão dê voz de prisão em caso de flagrante delito, mas assegurou que não usaria esse recurso para não “sobrepujar” o presidente.
“Não vamos fazer, em respeito a Vossa Excelência, mas qualquer um de nós, qualquer pessoa do povo, pode decidir que ele está preso. Estou pedindo somente que não deixemos este espetáculo se reproduzir.”, afirmou.
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) também argumentoi que Wajngarten deveria ser preso. Caso contrário, alertou, a comissão ficaria “apequenada”.
“O estado flagrancial aqui está presente a todo o momento neste depoimento. Não vamos apequenar a CPI, porque, se esse depoente não sair daqui preso, não vamos ter condição de fazer qualquer outra coisa. Ele está aqui deliberadamente faltando com a verdade, omitindo, e foi desmascarado inúmeras vezes.”, disse.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)