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  • 09/04/2021 07h59

    Fiocruz, em relatório, diz que medidas de restrição e distanciamento na cidade do Rio de Janeiro e cidades metropolitanas devem ser mantidas

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    Foto: Prefeitura do Rio

    No Rio, Prefeitura chegou a fechar as praias

    ( Publicada originalmente às 16h 00 do dia 08/04/2021) 

    (Brasília-DF, 09/04/2021) A situação da pandemia na cidade do Rio de Janeiro não para de gerar preocupar. Nesta quinta-feira, 8, a Fundação Osvaldo Cruz divulgou mais uma edição do seu o Observatório Covid-19 Fiocruz com nota técnica Indicadores de Covid-19 destacando a questão do distanciamento social na cidade do Rio de Janeiro.

    A análise realizada no período de 26 de março a 2 de abril traz indicadores de distanciamento social, casos e óbitos no município. Os dados mostram que, apesar da ampliação das medidas restritivas adotadas para conter o avanço da pandemia no município, ainda não é possível analisar os impactos sobre incidência e mortalidade na cidade. O estudo indica, no entanto, que a incidência ainda é muito alta e orienta que as atenções devem ser mantidas. Traz ainda recomendações de ações estratégicas fundamentais para reverter o atual cenário.

    Os pesquisadores ressaltam que o efeito positivo do distanciamento social só pode ser observado após no mínimo 14 dias de adoção das medidas e com adesão da população. Segundo eles, ainda é cedo para se propor qualquer medida de flexibilização. Pelo contrário, os indicadores mostram que é fundamental intensificar a fiscalização nas áreas de lazer e praias - prorrogando a restrição em sua forma mais rígida - , assim como realizar o controle efetivo de entrada de pessoas em farmácias, mercearias e supermercados. Essas medidas devem ser aliadas ao aumento de aceleração da vacinação no município.

    A nota ressalta ainda que é essencial que essas ações sejam adotadas por toda a região metropolitana, que compreende 21 municípios do estado do Rio de Janeiro.

    “Podemos afirmar que o esforço isolado do município do Rio de Janeiro pode não resultar nos efeitos esperados para a redução das taxas de ocupação de leitos, bem como para reduzir a circulação do vírus, que não conhece fronteiras administrativas”, alertam os pesquisadores.

    Indicadores

    A Fiocruz diz que foram utilizados indicadores para análise de casos e óbitos por Covid-19,  sobre ocupação de leitos de UTI e dados sobre Sindrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no município do Rio. Também foram avaliados fatores relativos ao distanciamento social e de mobilidade - capazes de medir o fluxo de pessoas em diversos tipos de locais, inclusive nas residências do Rio de Janeiro.

    Os dados sobre o distanciamento social, por exemplo, apontam que a variação na permanência em domicílio atingiu níveis mais elevados em abril de 2020, mas vinham apresentando queda desde maio desse ano, alcançando estabilidade em torno de 10% a partir de agosto de 2020. Em novembro, houve nova redução, registrando-se patamar inferior a 10% até fevereiro de 2021, quando verificou-se um discreto aumento, retornando à variação média de 10%. A adoção de medidas mais restritivas a partir de 26 de março aumentou a variação, chegando a 20% no dia 2 de abril.

    A análise por tipo de local (mobilidade) mostra uma variação negativa para parte deles. Nos locais de trabalho, ao longo de março, foi observada “variação negativa”, com maior magnitude no período das medidas restritivas, quando chegou próxima a -60%. Este nível foi alcançado também pela variação nas estações de transporte. Houve variação negativa ainda mais elevada, em patamar próximo a -70%, para lojas e recreação, que se mantiveram fechadas no período. Os parques tiveram variação menor, alcançando valores próximos a -50%. Já as farmácias e mercearias, que por serem considerados serviços essenciais se mantiveram abertas no período de maior rigor da restrição, registraram variação positiva, com pico de até 30% ao final do período.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     

     


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