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  • 01/04/2021 07h25

    VACINAÇÃO: Wellington Dias responde Arthur Lira que cobrou onde estão 14 milhões de doses distribuídas e não aplicadas; “O real problema brasileiro é que estamos atrasados na vacinação e falta vacina”, disse

    Governador piauiense, responsável pela temática da vacinação do fórum nacional dos gestores estaduais, explicou que 27,6 milhões de doses já foram distribuídas aos municípios e que o restante é a reserva necessária para a aplicação da segunda dose
    Foto: Ag. Câmara/ Edição Política real

    Wellington Dias respondeu Arthur Lira

    ( Publicada originalmente às 18h 30 do dia 31/03/2021) 

    (Brasília-DF, 01/04/2021) Falando em nome da maioria dos governadores do Brasil, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), respondeu nesta quarta-feira, 31, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que cobrou mais cedo o Ministério da Saúde para saber onde estão as 14 milhões de doses das vacinas já distribuídas pela pasta as unidades federativas e que ainda não foram aplicadas.

    Segundo o gestor piauiense, responsável pela temática da vacinação do fórum nacional dos governadores, “o real problema brasileiro é que entramos atrasado na vacinação e falta vacina”. De acordo com a explicação dada pelo petista, em vídeo gravado por ele próprio para distribuição pela sua assessoria de imprensa, os estados já distribuíram, ao todo, 27,6 milhões de doses para que sejam aplicadas pelos municípios e o restante, seis milhões de doses é a reserva necessária para a aplicação da segunda dose.

    Wellington Dias explicou, ainda, que 5% de todas as vacinas recebidas fazem parte de um estoque necessário para casos de imunizantes venham a ser perdidos em sinistros como acidentes, ou falta de energia nos postos de saúde onde ocorrem as vacinações.

    “Ainda está pouco o número de vacinas. Se a gente somar todas as vacinas já entregues aos estados e municípios do Brasil, são 33 milhões e 600 mil doses. Ora, 16 milhões e 900 [mil] foram aplicados de primeira dose, quatro milhões e 800 [mil, já foram aplicadas] em segundas doses, cinco milhões e 200 [mil], aproximadamente, são a reserva da coronavac, que tem que estar lá para quando chegar a vez da pessoa completar o tempo da vacinação [da segunda dose], em que o tempo é curto. 600 mil [doses] é de uma reserva técnica de 5% que tem que ter em estoque para uma situação em que faltou energia e deu problema com a vacina, teve um acidente e se perdera as vacinas. Então, para poder substituir rapidamente”, iniciou.

    “Quando a gente soma tudo isso são 27 milhões e 600 mil doses. Então qual é a diferença que falta? Seis milhões de doses aproximadamente. Ora, isso é o que nós acabamos de distribuir, agora, do Butantan, e da Fiocruz. Então, o problema mesmo é falta de vacinas. Nós temos que apoiar esses heróis e heroínas que estão lá na ponta trabalhando para salvar vidas com vacinação. Lá atrás, cerca de 21 a 28 dias atrás, cinco milhões de brasileiros receberam a primeira dose e, agora, chega a sua vez de [tomar] a segunda dose. Essas doses já precisam estar reservadas para ele, para ela, nos estados, nos municípios e, ainda, tem deslocamentos. Por isso a gente está usando um excedente e armazenando para a segunda dose em torno de 12 milhões, utilizamos aí cerca de sete milhões, pegando aí este parâmetro, mas é importante a responsabilidade de não faltar a segunda dose. Por isso essa reserva, ela é fundamental. É a orientação que estamos dando pelo fórum dos governadores”, complementou.

    Audiência na ONU

    Por meio de ofício enderaçado ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, o governador piauiense – também em nome do fórum nacional dos governadores, solicitou nesta quarta-feira, 31, uma “solicitação de reunião” via vídeo-conferência entre os gestores estaduais com o organismo internacional no sentido de fazer a apresentação do “Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde”, uma iniciativa elaborada pelos gestores estaduais.

    “É do conhecimento de todos os países que integram a Organização das Nações Unidas a gravidade que o Brasil enfrenta diante da pandemia de covid-19. Em face dos alarmantes casos de adoecimentos e mortes em nosso país, tornou-se imprescindível a formulação de um documento com diretrizes para a emergencial tomada de providências que possam mitigar o flagelo decorrente do novo coronavírus em solo brasileiro, o qual vem despertando a preocupação da comunidade científica mundial e dos líderes dos estados-membros da ONU”, diz um trecho da missiva.

    “Os governadores dos estados brasileiros firmaram um pacto e estão implementando medidas restritivas à circulação de pessoas; contudo, a capacidade de atendimento dos hospitais das redes pública e privada entrou em colapso, e o Brasil está ameaçado pela escassez de insumos hospitalares, a exemplo de oxigênio e medicamentos para tratamento de pacientes com covid-19, além da falta de profissionais de saúde. Computam-se diariamente mais de 3 mil óbitos, número que assusta e merece atenção redobrada de instituições e organizações que possam somar esforços para a superação dessa devastadora crise sanitária. Além das medidas restritivas, convém acelerar o processo de vacinação, especialmente nos meses vindouros de abril e maio”, diz outro trecho do ofício assinado por Wellington Dias em nome do fórum nacional dos governadores.

     

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     


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