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  • 17/03/2021 08h00

    NOVA ECONOMIA: Danilo Forte aposta no avanço da energia renovável para unificar o país, garantir o desenvolvimento das regiões mais pobres e diminuir as desigualdades

    Presidente da frente parlamentar de energia limpa e sustentável, tucano cearense acredita que potencial energético de fontes renováveis do Nordeste pode fazer com que a região melhore seus índices de desenvolvimento humano
    FOTO: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

    Danilo Forte em dia de fala no plenário Ulysses Guimarães

    ( Publicada originalmente às 14h 59 do dia 16/03/2021) 

    ( reeditado) 

    (Brasília-DF, 17/03/2021) O deputado Danilo Forte (PSDB-CE) afirmou nesta terça-feira, 16, com exclusividade a Política Real, que faz todas as suas apostas no avanço da energia renovável para unificar o país, garantir o desenvolvimento das regiões mais pobres e diminuir as desigualdades econômicas e sociais que persistem em existir no Brasil.

    Presidente da frente parlamentar de energia limpa e sustentável, o tucano cearense acredita que o potencial energético de fontes renováveis do Nordeste pode fazer com que a região melhore seus índices de desenvolvimento humano (IDH). Na oportunidade, ele falou ainda das usinas que produzem energia advinda das ondas do mar, assim como àquelas voltadas a produção de hidrogênio verde em que países como Japão, Finlândia, Noruega e Suécia estão interessadas em adquirir. A frente vai ser lançada oficialmente nesta quarta-feira, 17, em evento semipresencial a ser realizado na sede da Frente Parlamentar da Agricultura, em sua sede no Lago Sul, em Brasilia, e terá a participação de três ministros. Bento Albuquerque, ministro das Minas e Energia, Tereza Cristina, ministra da Agricultura, e Ricardo Salles, ministro do Meio Ambieente.

    O parlamentar cearense destacou ainda que o investimento nas fontes renováveis de energia são pontos comuns que unem ambientalistas e ruralistas e a única saída para a economia avançar no desenvolvimento e no progresso num mundo pós-pandemia do novo coronavírus (covid-19).

    “O mundo todo entendeu que se a gente quer diminuir a emissão de carbono, se a gente quiser respirar melhor, se a gente quer diminuir as doenças pulmonares e aí não restam dúvidas que, inclusive, facilita a ação da covid que tem dilacerado as nossas famílias, a gente precisa mexer na matriz de geração energética. A emissão de gases tem efeito estufa e aquecimento da terra. E paralelo a isso abre-se uma nova oportunidade de geração de riqueza nas regiões mais pobres do mundo. Na Alemanha, onde mais se desenvolveu a energia renovável foi no norte da Alemanha, na antiga Alemanha Oriental que hoje é exemplo, inclusive para o mundo moderno”, iniciou.

    “A Alemanha já encerrou as suas atividades de energia nuclear e, agora, no próximo ano encerra as termoelétricas movidas a carvão mineral. O que significa dizer que é uma mudança radical com relação a geração de energia na Alemanha. A mesma coisa segue acontecendo nos Estados Unidos e [restante da] Europa. O próprio mercado financeiro está interessado em projetos de energia limpa por que sabe que não pode comprometer o futuro da humanidade e o Brasil pela sua dimensão continental tem condições de diminuir o seu desequilíbrio regional na medida em que a área com maior potencial de geração de energia limpa é exatamente o Nordeste, onde nós temos a menor renda per capita. Nós temos um terço da população e responde por menos de 14% do processo de geração de riqueza do país”, continuou.

     

    Exemplo

    Na sequência, Danilo Forte comentou como recursos públicos voltados para o fomento da formação de mão de obra necessária na implantação do setor renovável de energia podem mudar rapidamente o cenário de IDH baixo em diversas regiões do país

    “Então [o investimento em energia limpa] tem condição de mudar toda essa geopolítica criando um ambiente de desenvolvimento. Eu mesmo, em 2.015, coloquei uma emenda minha [junto ao Orçamento da União] para criar o curso de manutenção e instalação em energia fotovoltaica no IFCE [Instituto Federal do Ceará] de Caucaia e de lá para cá todos os meninos que terminaram o curso terminaram empregados, inclusive com salários melhores do que a média dos técnicos que terminam os cursos do IFCE de Caucaia”, acrescentou.

    “Com alguns até já virando empresário instalando parques de energia solar pelo interior do Ceará. O que demonstra crescimento no IDH e uma melhora que chega até de 25% nos municípios que tem impacto de [energia] eólica e solar no Nordeste. Isso é na prática uma política de Estado e de governo capaz de fazer essa transformação e para isso o Congresso Nacional precisa debater os temas e criar um normativo legal com relação a mini e micro geração de energia distribuída, que está com a relatoria do deputado Lafayette Andrada, que devemos votar ainda este mês”, complementou.

    Regulação

    O deputado do Ceará reforçou que a matéria em tramitação no Congresso e que pretende instituir um marco regulatório do setor energético oriundo das fontes renováveis precisam padronizar as regras de licença ambiental que atualmente são oferecidas de acordo com os dispostos estaduais, assim como do interesse pluripartiário em aprovar uma regulação única que atenda o setor.

    “Temos que padronizar o licenciamento ambiental para geração de energia renovável no país. Por que cada estado faz um entendimento diferente, o que cria uma distorção do que de fato se faz necessária para manter o ambiente e avançar na energia renovável. Então a frente se formou numa pluralidade muito grande. A gente já tem mais de 200 deputados”, completou.

    Danilo Forte destacou a pluralidade na composição da frente.

    “[A frente parlamentar é] bem eclética, que vai desde o PCdoB ao Novo, que vai desde a deputada Joênia Wapichana até os mais liberais que tem assento aqui nessa Casa e isso demonstra que é [a energia renovável] é uma coisa plural e que unifica o Brasil. O Brasil quer crescer, quer desenvolver e o Brasil precisa romper com a pauta do passado e do atraso”, finalizou.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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