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  • 11/03/2021 08h01

    Lula, em discurso de 90 minutos, afirma que não tem “mágoas”, que país “está sem governo” e faz acenos a empresários e políticos do “centrão”

    Ex-presidente brasileiro comentou que voto de Gilmar Mendes a favor da suspeição do ex-juiz Moro em seu julgamento e cobertura jornalística do “JN” foram históricos; Lula defendeu ainda o uso da máscara e da vacina como melhor proteção ao covid
    Foto: imagem de Streaming

    Lula fala, finalmente, após decisão de Fachn

    ( Publicada originalmente às 13h40 do dia 10/03/2021) 

    (Brasília-DF, 10/03/2021) Em discurso que durou aproximadamente 90 minutos realizado no sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo dos Campos (SP) concedido nesta quarta-feira, 10, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não possui “mágoas” com os seus adversários que o levaram a prisão em 2018 e o impediram de participar das eleições daquele ano, que o país presidido por Jair Bolsonaro (sem partido) “está sem governo” e fez acenos a empresários e políticos do “centrão” para uma eventual composição eleitoral nas eleições de 2.022.

    O pronunciamento feito por Lula ocorreu com objetivo dele comentar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, da última segunda-feira, 08, que anulou os julgamentos de seus processos pela vara da justiça federal de Curitiba (PR). Mas o seu grande destaque foi o voto pronunciado pelo ministro Gilmar Mendes nesta terça-feira, 09, a favor do pedido dos seus advogados que querem a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro em seu julgamento que lhe condenou a mais de nove anos de prisão. Na oportunidade, Lula elogiou a cobertura jornalística do “Jornal Nacional” da TV Globo. Ele reforçou que tanto o voto do ministro Gilmar, quanto a cobertura do “JN” desta foram históricos.

    Lula iniciou o discurso portando o uso de uma máscara de proteção facial, considerada pelos médicos sanitaristas como a melhor forma de se evitar o contágio do novo coronavírus (covid-19), na qual pediu licença aos demais presentes para retirar a máscara e fazer o pronunciamento. Ele fez uma defesa enfática das máscaras, assim como das vacinas, independente da procedência de quais laboratórios e países tenham produzidos. E pediu que a população cobre o governo federal para adquirir o quanto mais for possível de vacinas e que continue usando as máscaras mesmo depois de serem vacinados.

    “Eu tinha tanta consciência da certeza que esse dia chegaria. E ele chegou. Quando decidi marcar essa entrevista, muita gente se preocupou com meu humor. Se tem um cidadão com razão de estar magoado com as chibatadas que recebeu sou eu. Mas não estou. Sei o que minha família passou. Que a Marisa morreu. Poderia estar magoado. Mas não estou. A dor que sinto não é nada diante da dor que sofrem hoje milhões de brasileiros. A dor que eu sinto não é nada perto do que sentem os familiares das quase 270 mil vítimas do coronavírus”, iniciou.

    “Vou tomar minha vacina, não importa de que país, se é duas ou uma. Não siga nenhuma decisão imbecil do presidente ou do ministro da Saúde. Tome vacina! (…) Nós vacinamos 80 milhões de pessoas em três meses [em 2.009, na época que teve um surto de influenza (H1N1)]. Cadê o querido Zé Gotinha? Bolsonaro mandou embora porque pensou que era petista. Mas Zé Gotinha era suprapartidário, era humanista”, complementou

    “Ontem e antes de ontem foi um dia gratificante. Eu sou agradecido ao ministro Fachin por que ele cumpriu uma coisa que a gente reivindicava desde 2.016. (…) Depois de tanta mentira contra mim, ontem eu acho que nós tivemos um Jornal Nacional épico! Ontem eu acho que quem assistiu televisão, não estava acreditando no que estava vendo. Pela primeira vez, a verdade se estabeleceu. Dita não por alguém do PT, dita pelo presidente da segunda turma do STF no discurso do Gilmar Mendes, dito pelo Ricardo Lewandówski e dito até pela Carmém Lúcia que nunca tinha visto nada igual aquilo”, completou.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     


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