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  • 29/01/2021 07h56

    SUCESSÃO NO CONGRESSO: Bolsonaro pode dar explicações por suposta compra de votos na eleição da Câmara e do Senado; no Sergipe, ele voltou a falar de vitória do deputado de Alagoas na Câmara

    PSOL entra com representação contra Bolsonaro na PGR e no TCU para apurar suposta compras de votos nas eleições à presidência da Câmara e do Senado
    Foto: Alan Santos/PR)

    Bolsonaro dá entrevista a jornalistas do Sergipe, em parada não programada em Barra dos Coqueiros (SE)

    ( Publicada originalmente às 16h 35 do dia 28/01/2021) 

    (Brasília-DF, 29/01/2021) A bancada de deputados do PSOL entrou nesta quinta-feira, 28, com uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e na Procuradoria-Geral da República (PGR), para que os dois órgãos de controle possam apurar o suposto favorecimento pelo Palácio do Planalto aos candidatos Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que buscam presidir a Câmara e o Senado.

    De acordo com a ação apresentada pelo partido oposicionista, o governo federal liberou nos últimos dias mais de R$ 3 bilhões em execução de obras localizadas nas bases eleitorais de 285 parlamentares, em meio à eleição das Mesas-Diretoras das duas Casas legislativas. Os pessolistas apontam que se comprovada acusação, o caso pode ser enquadrado nos crimes de prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência, além de improbidade administrativa.

    Para embasar a representação, os parlamentares do PSOL anexam uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que informa que o governo federal destinou os mais de R$ 3 bilhões para 250 deputados e 35 senadores, em troca do compromisso destes parlamentares votarem tanto em Arthur Lira para presidente da Câmara, quanto Rodrigo Pacheco, no Senado.

    “Diante de tão severa crise sanitária que o pais passa, é indispensável que os recursos públicos sejam utilizados estritamente dentro de critérios técnicos, e não em troca de apoios político-partidários. É ilegal e imoral trocar verbas públicas por apoios políticos”, diz um trecho da representação encaminhada a PGR e ao TCU.

    “Bolsonaro busca eleger seu aliado Arthur Lira como presidente da Câmara para impor uma agenda de ainda mais retrocessos para o Brasil. Para alcançar esse objetivo e facilitar a própria reeleição, está se valendo das práticas mais espúrias. Trata-se de um mega esquema de compra de votos de deputados que custará ao país cerca de 3 bilhões de reais. Dinheiro que pode definir os rumos de uma eleição decisiva para o país. Por isso, a bancada do PSOL levou o caso para a Procuradoria Geral da República e para o Tribunal de Contas da União para que haja investigação célere”, complementou a líder do PSOL, deputada Sâmia Bonfim (SP).

    “Se Deus quiser”

    Nesta quinta-feira, 28, em visita ao estado de sergipe, o presidente brasileiro disse durante o seu discurso em que inaugurava uma ponte sobre o rio são Francisco, que “se deus quiser, o novo presidente da Câmara” será a partir da próxima segunda-feira, 1º de fevereiro, o líder do PP naquela Casa, deputado Arthur Lira.

    “Amigos de Sergipe, amigos de Alagoas, se deus quiser, segunda-feira [1º de fevereiro] teremos o segundo homem do Executivo, o segundo homem da linha lá [sucessória] do Brasil, eleito aqui no Nordeste pela Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira. Se deus quiser, o novo presidente [da Câmara]”, bradou.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     

     

     


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