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  • 20/01/2021 07h40

    Maia agenda audiência com embaixador da China para tentar acelerar envio de insumos daquele país necessários para produção de vacinas no Brasil

    Presidente da Câmara dos Deputados, até 31 de janeiro, diz que governo Bolsonaro interditou relação e que sem insumos chineses não haverá imunizantes no país
    Foto: Montagem Política Real

    Yang Wanming e Rodrigo Maia vão ter encontro virtual

    ( Publicada originalmente às 12h02 do dia 19/01/2021) 

    (Brasília-DF, 20/01/2021) O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou nesta terça-feira, 19, que solicitou uma audiência com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para tratar a respeito sobre o atraso no envio de insumos daquele país que são consideradas fundamentais para a fabricação de vacinas no Brasil.

    De acordo com representantes do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsáveis pela fabricação da coronavac e do imunizante produzido pela farmacêutica Astrazeneca, no Brasil, a demora na chegada dos princípios ativos, comuns nas duas vacinas, pode comprometer o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra o novo coronavírus (covid-19) iniciado nesta semana com aproximadamente dez milhões de doses da coronavac importadas da China e que devem terminar nas próximas semanas.

    Os representantes do Butantan e da Fiocruz afirmam que os insumos já estão prontos para serem embarcados para o Brasil. Mas o despacho depende de uma aprovação final por parte do governo chinês. De acordo com Maia, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria implodido as relações com o governo chinês a partir das declarações constantes do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), contra aquele país.

    "O governo brasileiro interditou a relação com a China. Só fazem ataques ao embaixador. Agora está provada a importância do diálogo diplomático. Precisamos ao menos saber o que está acontecendo, qual é a razão de os insumos não chegarem ao Brasil (...) Tenho certeza de que não há ato político da China contra o Brasil. Mas precisamos compreender o que está acontecendo. Sem os insumos da China, não teremos vacina", disse Rodrigo Maia em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

    Procurado pela reportagem da Política Real, a assessoria do parlamentar fluminense do DEM informou que não previsão do ainda presidente da Câmara se pronunciar oficialmente sobre o encontro com o embaixador chinês. "Ele [Maia] nem avisou para a gente a hora desse encontro", disse uma assessora. Já o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) está propondo que uma delegação parlamentar converse com a diplomacia chinesa para negociar a chegada dos insumos.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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