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  • 15/01/2021 07h38

    SUCESSÃO NA CÂMARA: Arthur Lira diz que prorrogação do auxílio emergencial pode ser aprovado após sua eleição para presidente da Câmara

    Preterido pelo governador do Ceará, Camilo Santana, que já manifestou preferência por ver seu concorrente Baleia Rossi como sucessor de Rodrigo Maia, o parlamentar alagoano do PP afirmou que, se eleito, não retaliará a população cearense
    Foto: imagem de Streaming

    Arhur Lira é saudado por Domingos Neto(PSD-CE), que foi o relator do Orçamento de 2020

    ( Publicada originalmente às 19h 49 do dia 14/01/2021) 

    (Brasília-DF, 15/01/2021) O deputado Arthur Lira (PP-AL) disse nesta quinta-feira, 14, que a prorrogação do auxílio emergencial, pago em 2.020 para que trabalhadores autônomos e emergenciais como forma de ajudá-los a enfrentar este período de pandemia, pode ser aprovado após sua eleição para presidente da Câmara acontecer em 1º de fevereiro.

    Para isso, o parlamentar alagoano disse que precisará constituir já no dia seguinte a Comissão Mista de Orçamento (CMO), para que aquele colegiado aprove em tempo recorde o orçamento do país para este ano de 2.021. Segundo ele, a proposta feita pelo atual presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), de votar a prorrogação do benefício, que ajudou mais de 67 milhões de brasileiros nos últimos meses, durante o recesso parlamentar sem aprovação do orçamento federal, foi puro “proselitismo político”.

    “Nós não temos orçamento para que o governo faça uma alteração [neste sentido] via [um] PLN [Projeto de Lei do Congresso Nacional]. Nós temos que trabalhar rapidamente para que a partir de 1º de fevereiro se instale a CMO, no dia seguinte [a eleição da Câmara e do Senado] para que a CMO concentradamente faça um orçamento em tempo recorde para que a gente possa a partir daí pensar numa prorrogação emergencial de um auxílio por pouco tempo”, informou.

    “[Isso ajudaria também] a gente votar a PEC emergencial, ajustar o orçamento no Congresso, ajustar o orçamento do Brasil para que a partir daí a gente com essa folga orçamentária possa fazer um programa que atenda inclusivamente essas pessoas que sofrem tanto abaixo da linha da pobreza. Então, para ser claro, eu sou a favor [da prorrogação do auxílio emergencial], mas não sou a favor de proselitismo político na véspera de eleição prometendo justamente o que não vai poder entregar legalmente”, completou.

    Sem retaliação

    Preterido pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que nesta quarta-feira, 13, manifestou preferência por ver seu concorrente, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) como sucessor do atual presidente da Câmara, o deputado fluminense Rodrigo Maia, o parlamentar alagoano do PP afirmou que, se eleito, não retaliará a população cearense por conta disso.

    “Quero dizer publicamente que me coloco a disposição do governo do Ceará, da prefeitura de Fortaleza, da bancada do Ceará para que de uma maneira diferente, como nós projetamos a Câmara em 2.021 e 2.022, nós possamos deixar de fazer a Câmara do eu e fazer a Câmara do nós. Absolutamente. Eu fiz questão de iniciar a minha fala me colocando a disposição do povo do Ceará. O povo do Ceará não merece nenhum tipo de retaliação, não terá nenhum tipo de retaliação. Muito pelo contrário!”, observou.

    “Eu estou aqui na frente de homens que compõem a bancada do Ceará, de pessoas que pensam o Ceará, como eu penso no Brasil e penso nas minhas Alagoas. Eu ando o Brasil independente de sigla partidária, independente de corrente política. Fui recebido por governadores do MDB. O governador Hélder Barbalho, no Pará, nos recebeu. Fui recebido por governadores do PSB, do PDT, de vários partidos. Então eu acho que é democrático, às vezes as agendas não batem, às vezes as conveniências não conferem. Mas não cabe a nós, não é do nosso estilo”, complementou.

    Ferreira Gomes

    Indagado sobre a fala em 2.019 proferida pelo senador Cid Gomes (PDT-CE), que o chamou em 2.019 de “novo Eduardo Cunha”, ex-presidente da Câmara entre 2.015 e 2.016, hoje cumprindo prisão domiciliar por condenação de lavagem de dinheiro e por corrupção, Arthur Lira preferiu lembrar que nas eleições de 2.018 votou, no primeiro turno, no então candidato Ciro Gomes (PDT), irmão de Cid Gomes.

    “Nós trabalhamos a vida toda na Câmara dos Deputados pelo diálogo, nós trabalhamos a vida toda construindo e eu quero deixar uma coisa aqui bem pontuada: em 2.018, no primeiro turno eu votei em Ciro Gomes para presidente da República e não me arrependo de ter votado. Por que naquele momento, no primeiro turno, eu me identifiquei com as propostas dele. [Um] nordestino e tem muitas qualidades e aqui o nosso convívio é de pacificação”, falou.

    “Com relação a 22, é muito cedo! Nós estamos tratando aqui de uma eleição administrativa interna da Câmara e não nos compete em fazer esse juízo de valor. Eu votei, já declarei que votei, trabalhei. Na campanha falei diversas vezes na época com [o hoje] senador Cid Gomes e todas as conversas eram para pedir santinho, adesivo, propaganda para facilitar os votos em Alagoas e eu fiz com muito prazer”, finalizou.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     

     


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