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- Contato Brasil, 25 de abril de 2024 20:43:04
( Publicada originalmente às 18h 00 do dia 05/01/2021)
(Brasília-DF, 06/01/2021) Após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o "Brasil está quebrado" e que não consegue "fazer nada", o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional (atual Desenvolvimento Regional), dos governos dos ex-presidentes Itamar Franco e Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes (PDT), propôs nove medidas para que o governo federal possa "recuperar a economia do país".
Nas propostas elencadas pelo político cearense, que ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2.018, ele defende aumentar impostos sobre herança, lucros e dividendos. As propostas foram apresentadas em seu perfil no twitter. Além das iniciativas, Ciro Gomes comentou também que uma das saídas para o país retomar o crescimento econômico é que o atual ocupante da Presidência da República pudesse renunciar ao cargo deixando o vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), assumir o controle da situação.
"Brasil quebrado? Saiba o que Bolsonaro pode fazer para recuperar a economia do país. Autorizar o Banco Central a comprar títulos do Tesouro Nacional e criar um fundo de investimento em infraestrutura; passar o pente fino em R$ 300 bilhões de renúncias fiscais. Locadora de veículos como a Localiza tem renúncia fiscal. Tudo clientelismo, suborno e corrupção; taxar lucros e dividendos empresariais. Só o Brasil e a Estônia não cobram no mundo todo. Se cobrarmos o que eu já cobrei, o Brasil arrecada R$ 70 a 80 bilhões por ano, sem nenhuma distorção locacional porque é só o lucro e dividendo que sai da empresa, não o que é reinvestido", comentou Ciro Gomes.
"Imposto sobre heranças. EUA cobram 40%, o Brasil cobra 4% [onde] um trabalhador de aplicativo paga IPVA da moto, enquanto Luciano Huck e João Dória, que compraram jatinho subsidiado com dinheiro público, não pagam IPVA do jatinho. Tbm não é cobrado de helicóptero e lancha; se cobrarmos 0,5% a 1% sobre grandes patrimônios, acima de R$20 milhões, arrecadaríamos mais de R$80 milhões; imposto de renda progressivo, que diminui do povo pobre e da classe média e aumenta para quem ganha acima de R$ 500 mil. Eu já cobrei quando fui ministro da Fazenda; revogar o teto de gastos", complementou o pedetista.
"Ter um plano efetivo de vacinação. A retomada da economia somente será possível quando a pandemia for controlada. E Bolsonaro assumir sua total incompetência e renunciar. Renuncia Bolsonaro, Bolsonaro pede para sair", finalizou.
(por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)