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  • 19/11/2020 08h07

    ELEIÇÕES: Após lentidão nas eleições e Forças Armadas no RN, General Girão pede voto impresso e eleições únicas

    Ao ser provocado pelo deputado Luís Miranda se modelo norte-americano poderia ser copiado, parlamentar do PSL potiguar comentou: “não, esse daí não! Esse eu não quero!”
    Foto: Montagem Política Real

    General Girão fez suas ponderações e foi provocado por Luis Miranda

    ( Publicada originalmente às 16h 00 do dia 18/11/2020) 

    (Brasília-DF, 19/11/2.020) Após apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sofrer atrasos e um terço dos municípios do Rio Grande do Norte (RN) ter eleições com apoio das Forças Armadas no último domingo, 15, o deputado General Girão (PSL-RN), pediu nesta quarta-feira, 18, em discurso na Câmara, o voto impresso e eleições únicas para todos os cargos de cinco em cinco anos, sem reeleição.

    No entanto, ao ser provocado pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF), que presidia a sessão da Casa no momento em que falava, se modelo eleitoral dos Estados Unidos da América (EUA) poderia ser copiado, claramente em tom irônico, o parlamentar do PSL potiguar comentou: “não, esse daí não! Esse eu não quero!”, exclamou. O modelo norte-americano, apesar de ser a mais antiga e longeva legislação eleitoral, no planeta, em vigor desde 1.776, sofre inúmeras críticas por não ter um órgão naquele país que centralize as informações e também por permitir que cada um dos estados que compõem àquele país tenha regras próprias para realizar as eleições.

    “Nós acabamos de assistir ontem ou anteontem o Ministro Presidente do Tribunal Superior Eleitoral pedindo desculpas à população brasileira pelos atrasos e pelas falhas no processo de votação. Nós precisamos acabar com isso. Nós temos uma estrutura que existe somente para fazer parte do processo eleitoral a cada 2 anos, que espero que seja a cada 4 ou 5 anos. Precisamos mudar isso aí! Não é possível! Ficam dois anos se preparando, e não há voto impresso para garantir realmente que o voto foi colocado naquela pessoa que queríamos, para fazer uma contraprova, uma fiscalização, uma recontagem. Não existe voto impresso. Não tem como fazer uma recontagem no nosso sistema”, iniciou.

    Girão não aceitou as desculpas de Luis Roberto Barroso e disse que estava com vergonha desse momento.

    “Aí me vem o Ministro do Tribunal Superior Eleitoral pedindo desculpas, com essa quantidade de dinheiro empregada! E o pior, empregaram as Forças Armadas para garantir a segurança das eleições no meu Estado, o Rio Grande do Norte. Eu tenho vergonha! Quase um terço dos Municípios com a presença das Forças Armadas no Brasil todo foi no Rio Grande do Norte porque os juízes, os ministros e nossos desembargadores não tiveram coragem de dizer: ‘Polícia Civil e Policia Federal, investiguem o crime eleitoral, investiguem a compra de votos que acontece nos dias anteriores ao da eleição’.

    Porque nós sabemos que teve, teve autoridade que participou da compra de votos. Isso é um absurdo! Essa autoridade que pode nos assistir tem que ficar com vergonha disso aí. É um absurdo uma autoridade estadual participar de compra de voto! Precisamos mudar essa realidade no Brasil. Não é possível continuarmos com esse tipo de cabresto sendo colocado em nossos eleitores. Isso enfraquece a democracia. A investigação precisa acontecer e tem que doer a quem doer. Tem que ser preso quem participou disso aí”, complementou sem citar nominalmente quem seria a referida autoridade.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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