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  • 29/10/2020 08h10

    RACHADINHAS: Depois que liderança da Minoria, agora é o PSOL apresenta requerimento de informações cobrando explicações de Augusto Heleno

    As “rachadinhas” é como popularmente é conhecido o processo de investigação que apura as denúncias de que o senador Flávio Bolsonaro à época em que era deputado estadual, e acusado de reter parte dos salários dos seus servidores
    Foto: Arquivo da Política Real

    Augusto Heleno sob pressão

    ( Publicada originalmente às 18h 59 do dia 28/10/2020) 

    (Brasília-DF, 29/10/2.020) A bancada do PSOL encaminhou na tarde desta quarta-feira, 28, um requerimento de informações onde cobra explicações do ministro Augusto Heleno, responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) em reunião com advogados do filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), para tratar das investigações sobre as “rachadinhas”. Ontem, 27, a Política Real divulgou ação no mesmo sentido proposto pelo depuado José Guimarães(PT-CE), líder da Minoria na Câmara dos Deputados.

    As “rachadinhas” é como popularmente é conhecido o processo de investigação que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) vem promovendo desde outubro de 2.018 para apurar as denúncias de que o filho do presidente brasileiro, é acusado na época em que era deputado estadual na Assembleia Legislativa daquele estado, de reter parte dos salários dos seus servidores. Na ação, o MPRJ acusa Flávio de ter movimentado, junto com seu ex-assessor Fabrício Queiroz, de forma ilegal uma quantia de R$ 3,6 milhões, que teria sido absorvida em forma de bens e imóveis após um complexo esquema de lavagem de dinheiro.

    No requerimento, os parlamentares do PSOL utilizam uma reportagem da revista “Época” que afirma que uma reunião acontecida no último dia 25 de agosto entre o ministro Augusto Heleno e do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, teria tido a participação de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e seus advogados, onde foi solicitado que o órgão vinculado ao GSI poderia promover uma iniciativa que poderia anular a investigação do MPRJ contra o senador fluminense.

    “Não cabe ao presidente da República empregar o aparato governamental para interferir em investigações conduzidas pela justiça brasileira. Admitir-se o contrário é permitir que o presidente da República tenha sob seu comando uma verdadeira polícia política, cujas ações podem ser direcionadas para perseguir seus adversários e desafetos e proteger seus aliados, [e promover] atos típicos de regimes autoritários”, argumentou a bancada do PSOL na justificativa do requerimento de informação.

    “É gravíssimo que a estrutura da presidência da República, através do GSI e da Abin, seja mobilizada para atuar a favor de Flávio Bolsonaro no processo a que responde por suspeita de desvio de recursos públicos. Sabemos que a família Bolsonaro nunca soube diferenciar o público do privado, haja vista a relação com Fabrício Queiroz. É fundamental que a reunião ocorrida entre os advogados de Flávio com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Augusto Heleno e Alexandre Ramagem, da Abin, seja totalmente esclarecida”, complementou a líder da legenda, Sâmia Bomfim (SP).

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     

     


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