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- Contato Brasil, 29 de março de 2024 08:31:37
( Publicada originalmente às 15h 15 do dia 21/10/2020)
(Brasília-DF, 22/10/2.020) Após o Ministério da Saúde voltar atrás da decisão do ministro general Eduardo Pazuello e desistir de comprar 46 milhões de doses da vacina chinesa produzida pelo laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, o secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou nesta quarta-feira, 21, que “75% de todo o Programa Nacional de Imunização (PNI) vem do Butantan”.
A declaração de Gorinchteyn, gestor das políticas públicas de saúde do estado paulista, aconteceu após o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), conceder entrevista no salão Azul do Senado ao lado de aliados e opositores do governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que desautorizou a decisão de Pazuello após ser pressionado por apoiadores nas redes sociais que veem a parceria do governo chinês com a gestão do tucano como inimigos.
Na oportunidade, Gorinchteyn afirmou, ainda, que o Instituto Butantan “é um instituto brasileiro”, e que “ele não é de São Paulo, ele é para brasileiros”.
“Eu falo aqui como médico. Médico de uma instituição como [o hospital] Emílio Ribas que albergou as histórias das epidemias no nosso país. Nós temos no país o maior e melhor programa imunização do mundo e de forma gratuita. Nós passamos a diminuir a mortalidade das pessoas, crianças, de adultos e idosos pela vacinação e é isso que faz o país ser desenvolvido. Ter vacinas e ter um programa tão rico em vacinação”, iniciou o secretário paulista.
“Aliás, 75% de todo o programa nacional de imunização vem do Instituto Butantan, que é um instituto brasileiro. Ele não é de São Paulo, ele é para brasileiros. Ao mesmo tempo, 100% das vacinas para gripes também são fornecidos para o programa nacional de imunização pelo Instituto Butantan. Não seria e não deverá ser em mais uma vacina, uma vacina que vai permitir que as pessoas parem de morrer”, complementou.
Nova realidade
O secretário de Saúde paulista afirmou também que a vacina contra o novo coronavírus (covid-19), que já matou 154.857 brasileiros desde março, é a única arma do país e dos brasileiros têm para enfrentar “esse vírus” que “veio para ficar”.
“Esse vírus veio para ficar. Assim como em 2.019, o H1N1 veio para ficar. Todos os anos somos obrigados a vacinar. Assim vai ser para o coronavírus, ele veio para ficar. Se nós não tivermos vacinas, não é uma vacina, são mais vacinas, só assim poderemos vacinar brasileiros e poderemos ter a condição de proteger vidas e voltar ao nosso normal. Sem isso, infelizmente nada acontecerá. Continuamos e continuaremos a ver mortes, internações e infelizmente o comprometimento da economia do nosso país”, finalizou.
(por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)