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  • 22/10/2020 08h08

    COMÉRCIO: Segundo estudo da CNC, contratação de temporários para o Natal será a menor em cinco anos

    Contratação de postos de trabalho no varejo deve ser de 19,7% menor do que o registrado em 2019
    Foto: site Jornal do Commercio

    Serão menos vagas de temporários no Natal

    ( Publicada originalmente às 13h 00 do dia 21/10/2020) 

    (Brasília-DF, 22/10/2020) Nesta quarta-feira, 21, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) anuncia pesquisa que aponta que face os efeitos da crise da pandemia do convid-19 o setor varejista projeta que 70,7 mil trabalhadores temporários serão contratados neste fim de ano para atender ao aumento sazonal das vendas. O número é 19,7% menor do que o registrado em 2019 (88 mil). Esse será a menor oferta desde 2015.

    "A intensificação de ações de vendas on-line pelos comerciantes tem ajudado na recuperação gradual do varejo nos últimos meses e também será um dos impulsionadores das vendas para o Natal. Porém, apesar de o comércio eletrônico ter crescido bastante, as vendas em shopping centers vêm registrando retrações, e isso impacta diretamente o número de temporários contratados, em especial os vendedores", afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC,  avaliou o e-commerce.

    Vão ser disseminadas essas perdas. Todas as unidades da Federação devem apresentar menos oportunidades de empregos temporários no comércio varejista, em comparação com os últimos anos. São Paulo (17,9 mil), Minas Gerais (8,33 mil), Rio de Janeiro (6,92 mil) e Rio Grande do Sul (6,02 mil) concentrarão mais da metade (55%) da oferta de vagas.

    As lojas de vestuário e calçados, que historicamente respondem pela maior parte dos empregos temporários neste período do ano, deverão ofertar 30,7 mil vagas em 2020. Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo, ressalta que esse total equivale a pouco mais da metade dos 59,2 mil postos criados em 2019.

    Quadro comparativo divulgado pelo estudo da CNC

    "Este ramo do varejo vem apresentando mais dificuldades de recuperar o nível de vendas anterior ao início do surto de covid-19", diz Bentes. Acrescidos ao ramo de vestuário, as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (13,7 mil) e os hiper e supermercados (13,4 mil) deverão responder por cerca de 82% das vagas oferecidas pelo varejo no Natal.

    Remuneração

    Segundo os cálculos da CNC, o salário médio de admissão para as vagas temporárias no Natal deverá ser de R$ 1.319, valor 4,6% maior em comparação com o mesmo período do ano passado. Os maiores salários deverão ser pagos pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.618) e pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.602) – contudo, estes segmentos deverão responder por apenas 7% das vagas.

    Quanto as profissões, a CNC estima que nove em cada dez vagas criadas devem ser preenchidas pelas cinco ocupações mais demandadas nesta época do ano: vendedores (34,6 mil), operadores de caixa (12,1 mil), atendentes (8,2 mil), repositores de mercadorias (6,9 mil) e embaladores de produtos (2,9 mil). Operadores de caixa (R$ 2.272,78) e repositores de mercadorias (R$ 1.576,24) devem receber os maiores salários médios.

    A CNC estima que a efetivação dos temporários após o Natal deverá ser a menor dos últimos quatro anos. "É um cenário distinto daquele observado até 2014, quando, em média, 30% dos trabalhadores contratados costumavam ser efetivados", conclui o economista da CNC.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genesio Araújo Jr)

     


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